Para boicotar o Campeonato Paranaense, o Atlético decidiu colocar em campo jogadores formados, em sua maioria, nas categorias de base do clube. Depois de críticas e protestos da torcida, o jovem time rubro-negro ganhou força, sobretudo no 2.º turno do Estadual, surpreendeu até mesmo a diretoria e conseguiu chegar à grande decisão da competição contra o Coritiba. Com sentimento de dever cumprido, mesmo sem a conquista do título, a partir de agora os garotos atleticanos saem de cena e a pergunta que fica é uma só: o que será dessa equipe formada por mais de 40 jogadores?
Com as atenções voltadas novamente para o time principal do Atlético, que está na 3.ª fase da Copa do Brasil e terá pela frente a Série A do Campeonato Brasileiro, os jogadores do time sub-23 que não forem aproveitados pelo técnico Ricardo Drubscky terão um calendário diferenciado para a sequência da temporada de 2013. A equipe alternativa atleticana, comandada pelo contestado técnico Arthur Bernardes, vai romper fronteiras e disputar dois torneios na Europa.
A primeira competição no Velho Continente já bate à porta do time atleticano. A partir do dia 18 de maio, o Atlético vai disputar a Yokohama Cup, na Alemanha. O Rubro-Negro nem volta ao Brasil e, uma semana depois, terá pela frente, na Holanda, a Esad Osmanovski Cup. Mais competições deverão ser disputadas pelo Ventania. Enquanto isso, em meio a disputa da Série A e da Copa do Brasil do time principal, o sub-23 do Atlético continuará mantendo a sua filosofia de trabalho, que é abastecer o grupo profissional e fazer desta equipe alternativa uma espécie de vestibular para a equipe comandada pelo técnico Ricardo Drubscky.
Campanha
Depois de algumas contestações, mal sabia o torcedor atleticano que a vitória por 3 x 0 sobre o Operário, em Curitiba, pela última rodada do 1.º turno, marcaria o início da arrancada do Atlético rumo ao título do returno. Foram 11 jogos de invencibilidade, que culminaram com a conquista do 2.º turno e, o antes execrado time atleticano, caiu nas graças do torcedor e passou por uma grande valorização dentro do clube e do mercado do futebol brasileiro, mesmo com a pouca aparição na mídia -motivada pela política de restrição do clube à imprensa.