Depois da nova goleada, Paraná busca afirmação

Após faturar a Ponte Preta, em Campinas na primeira vitória fora de casa da equipe , o Paraná Clube corre agora atrás da afirmação no Brasileirão. O técnico Caio Júnior comemorou a goleada e a forma como os jogadores reagiram ao resultado (5 a 2) frente a um concorrente direto. Na quinta-feira, o Tricolor recebe o Santa Cruz em mais um ?jogo de seis pontos?. Uma vitória representaria o distanciamento da zona de rebaixamento, abrindo caminho para um futuro de menos incertezas.

?Pés no chão. Essa tem que ser a nossa política?, disse Caio Jr. no sábado. ?Vencemos e o time fez um bom jogo. Mas, é preciso manter a mesma pegada, o mesmo foco?, alertou. Para o treinador, o Paraná teve ?atitude? e ?ambição? para superar um adversário em profunda tensão e à beira da crise. ?Não é fácil enfrentar um time como a Ponte, em sua casa, nessas condições. Por isso, nossos jogadores têm todos os méritos.

O time foi equilibrado e eficaz nas conclusões?, comentou o treinador.

Foi a segunda goleada aplicada pelo Tricolor neste Brasileirão, e pelo mesmo placar: 5 a 2 (Grêmio, no Pinheirão). Só que desta vez, o ataque foi contundente como não se via desde a disputa do estadual. Reflexo imediato das presenças de Sandro e Leonardo, que se uniram a Maicosuel para desconcertar a defesa ponte-pretana ?O nosso entrosamento é muito bom e com essa jogada pronta conseguimos mel. Mesmo sem o ritmo de jogo ideal, ele ficou em campo até o final e fez seu 1.º gol na competição, aos 45 do 2.º tempo.horar o volume ofensivo do time?, lembrou Leonardo

Só que o Paraná não construiu a vitória só com o ?ataque dos sonhos?. Gérson e Cristiano entraram bem e garantiram a manutenção do ritmo do time nos minutos finais, quando a goleada se confirmou. ?É muito bom ter opções. Não dá para se questionar a qualidade do nosso ataque, agora que está completo. E, além dos titulares, conto com jogadores de qualidade para mudar, se necessário, o ritmo do jogo?, comentou Caio Jr. ?E, ainda não lancei o Henrique, que é bom jogador.?

O treinador voltou a pedir calma para a torcida, que após o empate (0 a 0) com o Figueirense, o vaiou. ?É preciso entender que o Paraná vive um momento de transição. E, mesmo assim, fizemos bons jogos, mesmo em algumas derrotas, que foram absolutamente casuais?, disse Caio. ?O que me deixa satisfeito é ver o espírito de união desse grupo e saber que estamos realizando um futebol competitivo. Foi assim em todas as oito partidas que disputamos.

À exceção dos primeiros tempos dos jogos contra Juventude e Corinthians, o Paraná não foi envolvido pelos adversários em momento algum?, finalizou.

Em sintonia com o técnico Caio Jr.

A cada gol contra a Ponte Preta, a festa dos jogadores era sempre no banco de reservas. Um sinal claro da harmonia entre elenco e comissão técnica. Se após o tropeço frente ao Figueirense os atletas saíram em defesa de Caio Júnior que, pela primeira vez, foi vaiado pela torcida tricolor , desta vez, o zagueiro Gustavo dedicou a vitória ao treinador. ?Foram injustas as cobranças. Se lá dentro nós não fizemos os gols, a culpa não é do Caio, que trabalha muito e é um profissional de alto nível?, disse o zagueiro. ?Por isso, essa vitória foi para ele.?

Gustavo foi um dos destaques do time e fez seu primeiro gol com a camisa do Paraná. Curiosamente, diante de seu ex-clube. ?Minha família toda estava no estádio e precisava fazer um bom jogo. Felizmente, conseguimos esse resultado?, disse. O zagueiro destacou ainda a força do elenco, onde jogadores que estavam no banco tiveram participação importante na vitória. Não só apenas Gérson e Cristiano, com assistências e gols, mas o ala Rodrigo Alvim, que fez seu primeiro jogo neste Brasileirão.

O jogador pode até ser mantido no time para o jogo frente ao Santa Cruz, já que Edinho ainda se recupera da lesão que o tirou das duas últimas partidas do time. Ainda mais agora, que Felipe Alves também é dúvida, com uma contusão na panturrilha. A tendência é que Batista volte a ocupar o meio-de-campo, como já aconteceu no 2.º tempo do jogo de sábado. Ficou nítido o crescimento de seu futebol quando deixou a ala para auxiliar Serginho na organização do meio-de-campo.

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