Decisão judicial sobre Máfia do Apito é adiada

O escândalo de arbitragem que abalou o futebol brasileiro há quatro anos está a um voto da impunidade. Após decisões favoráveis de dois desembargadores, o arquivamento do caso que ficou conhecido como Máfia do Apito só não foi concluído nesta quinta-feira, no Tribunal de Justiça de São Paulo, porque o terceiro magistrado, Christiano Kuntz, pediu um prazo maior para análise.

Até terça-feira, Christiano Kuntz decidirá se vai revelar seu voto ou se pedirá que o processo seja retirado da pauta por tempo indeterminado. Caso o desembargador opte por mais uma votação, a questão será definida na sessão da próxima quinta no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Para que processo prossiga, é necessário que Christiano Kuntz vote contra o trancamento da ação e que ao menos um dos outros dois desembargadores, Fernando Miranda e Francisco Menin, mude de ideia. Ao justificarem seus votos favoráveis ao arquivamento, Fernando Miranda e Francisco Menin alegaram que o caso não possui legislação específica e não pode ser tratado como estelionato e formação de quadrilha.

Revelada em outubro de 2005, a Máfia do Apito foi um esquema que envolveu árbitros de futebol e golpistas de sites de aposta durante o Campeonato Brasileiro daquele ano. Após confirmar a manipulação de resultados, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD, sob a presidência de Luiz Sveiter, remarcou 11 partidas da competição e puniu os árbitros Edílson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon com o afastamento definitivo do quadro da CBF.

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