De olho no do Estatuto

A abertura do inquérito para investigar a morte do torcedor Eduardo Michel Domingues, que caiu no fosso da Arena na final do Brasileirão, foi apenas um aviso de que o Procon-PR está de olho no cumprimento do Estatuto do Torcedor. Ontem, o presidente da entidade, Algaci Túlio, esteve no Estádio Érton Coelho de Queiroz (Vila Olímpica) e saiu de lá decepcionado. O estádio do Paraná Clube está locado pelo Império do Futebol e foi liberado para apenas dois mil torcedores na partida entre Império e Atlético.

Segundo Túlio, os problemas começaram na entrada: as bilheterias não traziam tabela de preços de ingressos. Dentro, a situação era ainda pior. Grande parte do estádio estava interditada e o acesso ao setor superior do estádio só era permitido à imprensa. Além disso, os lugares nas arquibancadas não estavam numerados e os banheiros em péssimas condições. "Está parecendo um campo de várzea. Já estamos preparando uma notificação para o Paraná, outra para a Federação e outra para Império, que não sabemos para onde endereçar", ironizou Túlio, que chamou o time comandado pelo empresário Aurélio Almeida de "time cigano". "Ninguém sabe ao certo onde é a sede do clube. Daí fica difícil fazer a notificação." No ano passado, o Império mandava seus jogos em Toledo e este ano optou por mandá-los em Curitiba.

Preocupado com o que viu ontem, Algaci Túlio já enviou um comunicado à Federação Paranaense de Futebol, solicitando o endereço e telefone de todos os clubes do interior, bem como os termos de vistoria dos estádios.

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