Crise preocupa ídolos do Paraná Clube

O hino composto por João Arnaldo e Sebastião Lima avisa em sua introdução: Paraná já nasceste gigante.

O clube, desde o seu primeiro jogo, fez jus à fama. Com estrutura, recursos e bom planejamento, o Tricolor assumiu a hegemonia do futebol paranaense no final do século passado.

Hoje, passados quase 21 anos de sua fundação, o Paraná está imerso em problemas financeiros.

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Saulo: hoje em Curitiba.

Dirigentes buscam -até aqui em vão – soluções para devolver ao clube o perfil vencedor que resultou em um pentacampeonato paranaense (1993 a 1997) e em sucesso também no âmbito nacional, com a conquista da Série B em 1992 e em campanhas consistentes nos Brasileirões subsequentes.

Os ídolos minguaram e o vínculo do torcedor, atualmente, é apenas com a camisa. Pior do que isso: por conta de algumas decisões questionáveis, o Tricolor deixou de ser aquela fábrica de talentos que num passado nem tão distante garantiu a sustentação do clube.

O Paraná Online ouviu craques que vestiram o manto paranista com orgulho e que, ainda hoje, mantém laços afetivos com o Paraná.

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Régis: hoje no Rio.

Mesmo à distância, ainda demonstram preocupação com o clube que os tornou conhecidos – e reconhecidos – nacionalmente.

De uma forma geral, todos apontam erros administrativos e a falta de uma política de formação de atletas como os principais erros nos últimos anos.

Acreditam que o Paraná não soube aproveitar muitos de seus ex-profissionais para dar continuidade à geração de ouro formada por Régis, João Antônio, Adoílson, Maurílio e Saulo (entre tantos) fez ao longo dos anos 1990.

Mas, eles, entendem que ainda é tempo de resgatar o Paraná, com novas ideias e, em especial, com a união da torcida.

Clube nasceu rico

Fundado em 19 de dezembro de 1989, da fusão entre Colorado e Pinheiros, o Paraná Clube, segundo fontes ligadas a dirigentes que participaram do processo de origem do Tricolor, teria nascido com o equivalente a R$ 50 milhões em caixa, capacidade de endividamento perto dos 100% – não possuía nenhum título protestado e era recebido com tapete vermelho nas instituições bancárias -, além de um patrimônio avaliado em R$ 300 milhões (pela moeda atual). Se fosse hoje, poderia construir uma Arena da Baixada para a Copa 2014, sem recorrer a um centavo de dinheiro público.