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CRB e CSA descumprem punição e STJD suspende Campeonato Alagoano

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anunciou nesta sexta-feira a suspensão do Campeonato Alagoano. O órgão decidiu paralisar a competição, sem data prevista para retorno, por conta do descumprimento de punições aplicadas a dois dos principais times do estado: o CSA e o CRB.

O presidente do STJD, Ronaldo Botelho Piacente, foi quem concedeu a liminar requerida pela Procuradoria e definiu a paralisação. Ele ainda determinou a intimação para que a Federação Alagoana de Futebol (FAF), o CRB, o CSA e os demais clubes participantes da competição estadual cumpram a ordem expedida na liminar.

“É incontroverso que os clubes CRB e CSA descumpriram decisão da Justiça Desportiva, bem como que a Federação Alagoana de Futebol não impediu o ato dos seus clubes filiados. Como bem fundamentado pela Procuradoria, o ato prejudica o campeonato e traz insegurança jurídica aos demais clubes, afrontando os princípios básicos do fair play (espírito esportivo) e pro competitione (estabilidade das competições)”, explicou Piacente.

O caso é referente ainda à decisão do Alagoano do ano passado, quando uma briga generalizada, com direito a invasão de campo pelos torcedores, tomou conta do confronto entre CRB e CSA. Após o gol que selou o título do CRB, torcedores tomaram o gramado do Estádio Rei Pelé e cenas de barbárie foram vistas.

Por conta do episódio, o Tribunal de Justiça Desportiva de Alagoas (TJD/AL) puniu os dois rivais com multas de R$ 5 mil e perda de mando de cinco jogos, para o CSA, e quatro, para o CRB. Os clubes entraram com recurso junto ao STJD, que negou o provimento e manteve a pena. Então, recorreram à Justiça Comum e conseguiram uma liminar.

Desta forma, o CRB disputou duas partidas em casa, com portões abertos, neste Alagoano, enquanto o CSA realizou uma. A desobediência dos clubes e a permissividade da FAF influenciaram a Procuradoria do STJD a denunciá-los, e o caso foi julgado por Piacente nesta sexta.

“A atitude dos denunciados demonstra uma afronta grave ao ordenamento jurídico desportivo, tendo em vista que as penas aplicadas decorreram de violações extremamente graves e violentas, um dos maiores desafios que permeiam a Justiça Desportiva nos últimos anos e que deve ser combatido de forma enérgica”, resumiu o presidente do STJD.

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