Coxa vai enfrentar o União Bandeirante com titulares

?Não tem nada dessa história de poupar.? Com uma frase típica, bem ao seu estilo, o técnico Antônio Lopes resumiu o espírito dele – e que ele espera que chegue aos jogadores – para a partida de amanhã, às 15h55, contra o União Bandeirante, no Estádio Comendador Luís Meneghel. O jogo pode garantir a primeira colocação do grupo A para o Coxa, e as conseqüentes vantagens nas fases seguintes. Ao contrário do que se especulava, o Delegado decidiu tomar a decisão de manter a equipe principal, apenas sem Reginaldo Nascimento, que está suspenso. Mas isso não significa que não haverá novidades.

A mais provável delas é a escalação de Negreiros. Mesmo que Lopes não defina a equipe antecipadamente (a oficialização deve acontecer apenas após o treino de hoje), a tendência é que Marciano tenha novo companheiro de ataque. Luís Carlos e Nunes não renderam contra o Náutico, e o centroavante – que sequer foi a Recife – deve ganhar nova oportunidade. ?Quero vê-lo, para saber qual será o seu rendimento. Mas estou pensando no Negreiros sim?, confirma o Delegado.

Apesar de não ter emplacado no Coxa, o centroavante ainda não teve tantas chances. Ele começou jogando três partidas, foi substituído em duas e na terceira acabou expulso. Nesse período, Laércio, Luís Carlos e Nunes foram testados, e não renderam o esperado. Até mesmo Marciano, atual artilheiro do paranaense, foi questionado – o presidente Giovani Gionédis afirmou após a derrota para o Náutico que, se os atacantes não mostrarem serviço, o clube vai contratar reforços.

Mas Antônio Lopes não quer que essas cobranças cheguem aos jogadores. ?Isso acontece. Eu acredito em um bom rendimento contra o União?, garante. No meio-campo, setor onde o Delegado é obrigado a mexer, três jogadores disputam duas vagas. O primeiro deles é Márcio Egídio, que pode considerar-se garantido. ?Ele está muito bem, evoluiu no passe e no fundamento, e continua com força na marcação. Vai ser um jogador muito útil para o Coritiba?, elogia o treinador coxa. Como Nascimento está fora, Egídio deve ocupar a vaga aberta pelo capitão.

Mas Reginaldo Vital e Jackson ainda disputam a segunda função no meio. Vital, que começou bem a temporada, esteve mal nas últimas partidas e está perdendo espaço para Jackson, que  vem mantendo regularidade. No pensamento de Antônio Lopes, o hoje reserva seria mais útil na partida em Bandeirantes, onde há pouco espaço e os contra-ataques não serão tão comuns – jogadas em que Vital é decisivo, por causa dos bons passes.

Só que Lopes quer mais que a manutenção da equipe no jogo da Vila Maria. Ele acredita em um time ?ligado?, despreocupado com a derrota para o Náutico e pensando exclusivamente no União e na garantia antecipada da primeira colocação. ?Não tem mais decepção, não tem mais chateação. Temos que ir para cima do União e buscar a vitória. É esta a nossa obrigação?, finaliza o Delegado.

Rubens Júnior se firma como titular

Antônio Lopes deu o tempo, e Rubens Júnior ficou pronto. O lateral-esquerdo, que volta ao Coritiba após sete anos longe, assumiu a condição de titular na partida contra o Náutico, foi um dos melhores em campo e deve ser mantido no jogo de amanhã contra o União, em Vila Maria. Ele está feliz com o apoio do treinador e da possibilidade de jogar exatamente de acordo com suas características.

Aos 30 anos, muitos pensavam que Rubens voltaria diferente do exterior – ele jogou quatro anos em Portugal. Mas o estilo não mudou. O lateral segue sendo um jogador ofensivo. ?Lá em Recife, o Egídio voltou para fazer marcação individual e o Lopes liberou os laterais para o apoio. Isso facilita para a gente, porque não precisávamos fechar para compor a defesa. Nossa marcação era ali no setor?, explica.

Com essa possibilidade de jogar ?na sua? e com o tempo dado pelo Delegado para que ele se preparasse, Rubens Júnior foi um dos melhores do Coxa nos Aflitos. ?Eu só posso agradecer a forma como o professor Lopes trabalhou comigo. Ele percebeu que eu precisava de tempo e não pressionou para que eu jogasse logo. Fiquei duas partidas no banco e comecei jogando quando ele achou mais interessante?, conta. O lateral reconhece a boa atuação e o cansaço ao final do jogo. ?A partida era muito complicada, a exigência era muito grande.?

Voltar ao topo