Couto só deve ser liberado depois do Carnaval

A ordem no Coritiba é não dar declarações sobre a interdição do Couto Pereira e a medida vale para todo mundo, principalmente os dirigentes. A intransigência do STJD em não liberar o estádio irritou profundamente a todos no clube, que esperavam a boa nova para ontem à tarde.

A CBF encaminhou os documentos e a aprovação do Alto da Glória para o tapetão, mas o presidente do órgão simplesmente foi embora antes da papelada chegar e avisou que só avalia tudo depois do Carnaval. Assim, o clássico contra o Paraná Clube, no dia 21, pode ter que ser marcado para bem longe de Curitiba.

Envolvido na burocracia e na má vontade da cartolagem no Rio de Janeiro, o Alviverde está de plantão desde o início da semana esperando boas notícias, mas elas não vieram.

Ontem, o diretor de competições da CBF, Virgílio Elísio da Costa Neto, finalmente aprovou a vistoria feita por um engenheiro na sexta-feira. Uma demora justificada pelo volume do relatório, mas outros estádios menos aptos são liberados sem o mesmo rigor. Mesmo assim, vencida essa etapa, faltava apenas a aprovação do presidente em exercício do STJD, Virgílio da Costa Val, mas ele se mandou do órgão.

Apesar da CBF, enfim, ter agilizado a ida de toda a documentação para o tapetão, quando a funcionária da entidade chegou ao órgão, Val não estava mais no recinto. Localizado algumas horas depois, mandou avisar que daria “uma olhada somente após o Carnaval”.

Hoje, o STJD entra em recesso e só volta na quinta-feira que vem. Por isso a irritação dos dirigentes alviverdes, porque é justamente o dia em que a Federação Paranaense de Futebol precisa homologar a rodada do final de semana e quando acontece o clássico contra o Tricolor. Mesmo assim, uma interpretação da interdição pode ajudar o Coxa.

Na avaliação feita no clube, o estádio estaria liberado assim que a CBF liberasse e isso aconteceu, mas os manda-chuvas do tapetão entendem diferente. Assim, o Coritiba deverá se reunir com a FPF para discutir o assunto a fundo e buscar uma solução para esse jogo.

O problema é que um enfrentamento agora ao que diz o STJD poderia ser prejudicial ao julgamento do recurso da pena de perda de 30 mandos e mais multa de R$ 610 mil pelos tumultos provocados por torcedores na partida contra o Fluminense no dia 6 de dezembro.