Vistoria aponta vários problemas no Couto Pereira

O Estádio Couto Pereira foi vistoriado ontem pela comissão de inspeção da Federação Paranaense de Futebol. Caso o clube consiga retirar a interdição do estádio no julgamento, que ocorre terça-feira (15) no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), terá que seguir uma série de exigências feitas por órgãos competentes para jogar o Campeonato Paranaense 2010 dentro de casa.

Os laudos emitidos após os relatórios feitos por equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Vigilância Sanitária e CREA podem ser inclusive utilizados contra ou a favor do Coritiba, no caso de uma penalização do estádio, como informa o diretor de vistorias da Federação Paranaense de Futebol, Reginaldo Cordeiro.

“Caso o STJD reivindique o resultado de nossa inspeção, ou até mesmo que uma nova seja realizada, esses dados podem auxiliar no julgamento da próxima semana”, afirma.

Oficialmente, o relatório final das entidades será apresentado ao público apenas em 2010. “Vai ser realizada uma reunião entre os presentes e o clube para solicitar adequações necessárias, que devem ser realizadas até 6 de janeiro.

Ainda assim, pequenas reformas poderão ser feitas até 72 horas antes da partida inicial”, explicou o diretor de vistorias da FPF. Três pontos do estádio ganharam olhares especiais da comissão de vistoria. Segundo Reginaldo Cordeiro, as atenções ainda estão focadas no principal ponto de acesso utilizado pelos torcedores para invadir o campo. “

O fosso vai ter que receber alguma proteção especial. Apesar dos 2,75 metros de largura por 3,25 de profundidade, ficou claro que com ajuda mútua é possível entrar no gramado por ali”, ressalta.

De acordo com o Capitão Bruno Soares da Polícia Militar, também é necessário reformar ou desmanchar o bar que fica no anel superior da Rua Mauá e rebocar placas de cimento que já estariam soltas no estádio.

“Torcedores do Coritiba usaram essas pedras retiradas desses locais para arremessar contra os visitantes antes e depois da invasão. Mesmo nós policiais fomos atingidos”, explica.

Representantes de duas entidades preferiram aguardar para emitir informações preliminares. “Ainda teremos que analisar as constatações da parte civil, elétrica e arquitetônica. Se julgarmos necessário, enviaremos os relatórios ao Ministério Público”, disse a arquiteta Vanessa Moura, do setor de planejamento e fiscalização do CREA, que assim como os Bombeiros só vai se pronunciar em janeiro. A Vigilância Sanitária fará a vistoria em outro momento.

O administrador responsável pelo Estádio Couto Pereira e a diretoria do Coritiba não emitiram opinião sobre a vistoria. Também não foi permitida a presença de fotógrafos e cinegrafistas de imprensa na ocasião.