Vice-presidente do Botafogo defenderá o Coxa no tribunal

Com intuito de mostrar para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que o Coritiba está fazendo sua parte na responsabilização dos culpados pelos tumultos protagonizados domingo no Couto Pereira, diretores do clube organizam uma viagem ao Rio de Janeiro.

Apesar de nenhuma confirmação oficial, o presidente, Jair Cirino, e o diretor jurídico, Gustavo Nadalin, articulam uma possível diminuição das penas que o clube possa sofrer futuramente.

Na coletiva de imprensa realizada terça-feira, o presidente Jair Cirino rompeu oficialmente o relacionamento do clube com a torcida Império Alviverde e afirmou: “Os atos cometidos no domingo não refletem a conduta de toda torcida alviverde, mas sim da organizada que teve associados e diretores reconhecidos dentro de campo”.

Quem também se colocou a disposição do Verdão para auxiliar ou patrocinar a defesa do clube foi o ex-diretor Domingos Moro. O advogado é especialista em causas desportivas e presta serviços para diversos clubes brasileiros, entre eles o rival Atlético. No entanto, não recebeu respostas da diretoria.

“Pelas informações que tenho, a diretoria deve apresentar somente seu departamento jurídico. Ainda assim, se acharem necessário, poderei ajudar ao Coxa, sem problemas”, afirmou.

A defesa do Coxa será feita pelo advogado José Mauro do Couto Filho, atual vice-presidente jurídico do Botafogo. A ele caberá a árdua missão de tentar minimizar as punições que o Coritiba deve sofrer.

Depois de ter o Couto Pereira interditado, uma das metas do clube é encaminhar a CBF documentos que evitem penas administrativas contra o Coxa. Hoje pela manhã, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, CREA e Federação Paranaense de Futebol vistoriam o estádio para a possível disputa do Estadual 2010.

Reformas

Segundo a assessoria do Coritiba, apenas ontem foi terminada a limpeza inicial do Estádio Couto Pereira. Em breve devem ser lançados os números dos prejuízos, estimados não oficialmente em R$ 500 mil.

Apenas com cada unidade das mais de mil cadeiras plásticas destruídas por torcedores, o alviverde terá que desembolsar R$ 54. “Isso não tem inclusão dos valores de frete e fixação”, disse a representante da fábrica fornecedora do Coritiba.

Um grupo de torcedores do Verdão chegou a propor mobilização via Orkut, para auxílio na reconstrução do estádio. No entanto, a diretoria do Coritiba agradece a intenção e solicita que aguardem até que a casa seja colocada em ordem.