Vialle quer o Coritiba retrancado no Mineirão

Muita tranquilidade e retranca. Isso, pelo menos, é o que prega o diretor de futebol do Coritiba, João Carlos Vialle, para a equipe conquistar a permanência no Brasileirão do ano que vem.

Se o técnico Ney Franco vai aceitar a “opinião” do dirigente na partida de domingo contra o Cruzeiro é outra história, mas o Alviverde precisa de um empate para não voltar para a zona de rebaixamento e ficar com a vantagem na última rodada em casa contra o Fluminense. Após o desastre diante do Santos, o Coxa viu as chances de cair pularem de 3% para 16%, segundo cálculos dos especialistas.

“Não tenho nada para ensinar ao Ney como treinador. Mas eu, nos meus 40 anos de futebol, sempre fui apologista de que você, jogando fora, deve ser mais cauteloso, jogar um pouco mais retrancado, conquistar o meio de campo e aí sim, nos contra-ataques, procurar a vitória”, aponta. Vialle sabe que Ney tem jogado mais para frente, mas não vai deixar de dar opiniões.

“Entrar no Mineirão com mais cautela, com o time retrancado e, depois, ao sentir a partida e ter um certo domínio dela partir para os contra-ataques e conseguir um bom resultado”, receita.

De acordo com o dirigente, esse tipo de conversa é normal entre ele e Ney. “Opinião, sugestão como a gente faz normalmente porque eu nunca deixei de ir ao CT e expresso a minha opinião. Mas quem tem a palavra final é o treinador”, explica. Mas será que dá?

“A solução, apesar de todas as coisas negativas, ainda está nas mãos do Coritiba”, avalia. E está mesmo. Se perder para a Raposa, continuará dependendo das próprias forças para se manter na primeira divisão. Isso porque uma vitória sobre o Fluminense seria suficiente. E é nisso que o dirigente se apega para o time não ser rebaixado de novo.

Por isso, o que Vialle mais quer é tranquilidade no Alto da Glória e garante que eventuais problemas financeiros não irão atrapalhar. “O Coritiba precisa de tranquilidade e os jogadores vão ter a tranquilidade necessária da diretoria para sair dessa situação”, promete.

O salário, que normalmente é pago no dia 20, e mais dois bichos devem ser quitados assim que for assinada a renovação de contrato de patrocínio com o banco BMG. O presidente Jair Cirino dos Santos, inclusive, está em Belo Horizonte para resolver os últimos detalhes do acordo.