Melhor saída?

Tribuna 98 opina sobre a troca de técnicos no Coxa e Atlético

Após um final de semana turbulento na dupla Atletiba, com duas trocas de treinadores, mais uma vez a velha discussão de que ‘sobra sempre para o técnico’, veio à tona. Será que o comando técnico de Atlético e Coritiba realmente eram os culpados pela fase atual dos times? Enquanto alguns torcedores defendiam as demissões de Doriva e Celso Roth, outros reclamavam da falta de qualidade dos elencos de Furacão e Coxa.

Integrantes da equipe Tribuna 98 dão seus palpites e dizem o que acharam das mudanças realizadas no último domingo. Confira a seguir e também na página ao lado.

Marcelo Ortiz

Não sou adepto a mudança de treinador em curto espaço de tempo, porém, sou mais contrário a persistir no erro e me parece ser este o caso da dupla Atletiba. No Coritiba, a contratação de Celso Roth foi um erro da diretoria. O treinador já não faz bons trabalhos há muito tempo, fez o time marcar muito e de forma errada, cometendo muitas faltas, mal armado taticamente, sem contar o péssimo costume de colocar a culpa apenas nos atletas. Tinha que sair, a relação custo beneficio prova isso.

Marquinhos Santos chega como o salvador da pátria e isso é perigoso. A situação agora é mais difícil que a enfrentada em 2012, mas apesar de não ter a experiência do antecessor vive um momento melhor, mais atualizado e fará o Coxa jogar melhor, o futebol não será tão truncado.

O Atlético apostou em Doriva, um técnico inexperiente que chamou atenção de todo o Brasil após conquistar o titulo paulista pelo Ituano. No Furacão a exigência foi mais imediata. Em campo, o time abusou de ligações diretas, pouca criatividade e vivia só da velocidade de Marcelo e Coutinho, a falha foi do DIF que só percebeu isso após oito jogos, um erro incompreensível de um departamento tão especializado.

A aposta em Leandro Ávila é da mesma linha de Doriva, é inegável o melhor futebol com o comando interino de Ávila, que na época tinha a participação direta de Antônio Lopes, era um time mais compacto que trabalhava melhor em especial seu meio campo e ataque, agora ele está sozinho, talvez por isso a diretoria não o efetive e assim se isente de um novo erro.

Cristian Toledo

Atlético e Coritiba mudam por motivos distintos – mas com o mesmo problema, o enfoque errado na montagem do elenco. No Furacão, Doriva saiu por seus erros no comando do time. Douglas Coutinho inexplicavelmente virou reserva, as alterações eram sempre as mesmas (foram três jogos seguidos entrando Coutinho, Otávio e Dellatorre e saindo Bady, Marcos Guilherme e Cléo). Mas a falta de um zagueiro experiente e de um articulador ajudaram na queda de Doriva. No Coxa, o elenco foi se enfraquecendo – e a diretoria achando que estava tudo bem. O time que quase caiu em 2012 era muito melhor. As apostas em jogadores inconsistentes deram errado, e a recuperação é uma tarefa dificílima para Marquinhos Santos. Celso Roth e sua mentalidade defensivista atrapalharam, mas não há muito mais a ser feito com o grupo mais frágil da história recente do Alviverde.