Tudo igual

Reabilitação do Coritiba ficou no “quase” contra o Vasco na Vila

Kléber foi o personagem e o melhor em campo na Vila Capanema. Foto: Jonathan Campos

Por apenas cinco minutos foi uma noite alviverde. E nestes cinco minutos era possível escrever uma noite de renascimento. Do Coritiba, que saíra de uma derrota e viria para uma vitória de virada. De Pachequinho, que saíra vaiado do intervalo, ousara colocando o time no ataque e via o resultado em campo. De Anderson, que passara os últimos meses se recuperando e vendo seu nome em especulações, e que era decisivo na partida. E, claro, de Kléber, que virara notícia por suas agressões e cusparadas, e voltara a jogar marcando dois gols. Mas foram só cinco minutos.

Aos 42 minutos Kléber marcou o gol da virada do Coritiba sobre o Vasco. Aos 46, quase 47, Wagner deixou tudo igual, resolveu a partida na Vila Capanema. E assim o jogo de ontem à noite terminou. Coxa 2×2 Cruzmaltino. Os alviverdes voltavam a somar pontos e a marcar, mas atingiam a sexta partida sem vitória no Campeonato Brasileiro, perdiam a chance de voltar ao G6 dentro de Curitiba e voltaram a ouvir vaias da torcida.

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Se o Coritiba passara pelos momentos da reabilitação, era porque tinha vivido momentos tensos antes. O primeiro tempo, apesar de algumas oportunidades de perigo (a rigor, duas, uma com Rildo e outra com Werley), tinha sido ruim. Tão ruim como a atuação que gerara preocupações contra o Cruzeiro. Com uma equipe bem menos sólida, o Vasco se impôs e abriu o placar num lance em que ficava evidente a dificuldade do Cori – Henrique e Nenê venceram a marcação de Léo e Tiago Real, o lateral cruzou e Thalles, observado por três defensores, cabeceou no canto e marcou.

Vaiado, cobrado, pressionado, o Coxa veio diferente. Léo, que teve uma atuação muito ruim no primeiro tempo, saiu para o retorno de Anderson. Pachequinho resolvera ousar. O meia tentou fazer o time jogar, mas ainda faltava um “algo mais”. O treinador decidiu tirar Jonas e colocar Tomas. Era arriscado, mas era melhor do que não fazer nada. Funcionou. Os donos da casa (alugada, é verdade) colocaram o Vasco nas cordas. Anderson e Tomas aceleraram o jogo e a pressão aumentou.

Aí apareceu Kléber. Até então, ele fazia quase tudo que se esperava dele. Liderava o time, cobrava, evitava as confusões, buscava o jogo. Aos 22 minutos ele conseguiu o “fazer tudo”. Num bate-rebate dentro da área, a bola sobrou para ele, e o Gladiador fez o simples, desviou de Martín Silva e empatou a partida. Dali até o gol da virada, foram minutos em que só o Coritiba jogou, com direito a cruzamento, chutes, faltas, escanteios… E até um pênalti não marcado, de Breno em Neto Berola – a infração foi dentro da área, mas o árbitro Emerson de Almeida Ferreira marcou fora.

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Quando Kléber virou, em um lance em que Werley e Henrique Almeida acertaram improváveis toques de calcanhar, parecia que o jogo já tinha sido resolvido. Só que uma falha de toda a defesa fez com que Wagner empatasse. Resultado doloroso para o Coritiba, uma “quase vitória” que apresentou virtudes e defeitos da equipe que agora ocupa a oitava colocação no Brasileirão.