Redenção

Raphael Veiga pediu para jogar, admite filho de Paulo César Carpegiani

A comemoração de Raphael Veiga com Kazim, Iago e Kléber. Foto: Jonathan Campos

Massacrado pelos próprios torcedores do Coritiba ao longo das últimas semanas, o meia Rafael Veiga marcou um golaço e abriu caminho para a vitória Alviverde sobre o Galo por 2×0 neste domingo (6). Com um acordo praticamente fechado com o Palmeiras a partir de 2017, o jogador foi acusado de fazer corpo-mole nas últimas partidas, mas prometeu comprometimento, pediu para jogar e fez as pazes com a torcida.

“Tudo tem que ser pouco a pouco. Temos que viver o presente. Embora a gente faça planos para o futuro, meu presente hoje é aqui e quero ajudar ao máximo o Coritiba”, disse Veiga ainda no gramado do Couto.

Depois de ser cortado da lista de selecionados para a partida contra o Atlético Nacional, pela Copa Sul-Americana, e amargar o banco de reservas contra o Botafogo, o jogador foi humilde ao pedir para que a comissão técnica o liberasse para jogar.

“O Veiga tem toda essa questão de Palmeiras e outros grandes clubes atrás dele, mas nunca deixou de ser um jogador de qualidade e importante para nós. Ele vinha sendo cobrado, mas veio até nós, disse que estava focado e queria ajudar. Fomos felizes pela escolha que fizemos”, contou o auxiliar técnico Rodrigo Carpegiani. Seu pai, Paulo César, estava suspenso.

Veiga garantiu que o gol e sua atuação não foram um “cala a boca” para os seus críticos. “Não serviu não, mas ajudou o time a sair com a vitória”. Segundo ele, o interesse do Palmeiras nunca lhe tirou o foco. Cabeça sempre esteve boa. Minha intenção sempre foi ajudar, jogando ou não. Treinar, dar o melhor e ajudar o time a ganhar”.

Para Rodrigo Carpegiani, a vitória nesse momento do campeonato, contra um adversário como o Atlético-MG, foi fundamental. Dentro de um processo de fortalecimento psicológico do grupo, o resultado deve ajudar na busca do time por um desempenho mais regular durante os 90 minutos.

O auxiliar-técnico disse que o time precisa jogar da mesma forma os dois tempos do jogo. “Nos impusemos no segundo tempo, mas no primeiro faltou. Falta acreditar mais em nós mesmos. Sair dessa pressão de jogar sempre
próximo da zona de rebaixamento. Com vitórias, a confiança e a tranquilidade para reter mais a bola e conseguir jogar mais. Temos que acreditar”.