Poucas ambições

Planejamento precário do Trio de Ferro vai custar caro

Atlético, Coritiba e Paraná sofrem do mesmo problema: planejamento. O pouco investimento feito pelos clubes está se refletindo dentro de campo. Pelo menos esta é a avaliação de alguns especialistas. Nivaldo Carneiro, ex-jogador e comentarista da RPCTV, analisou a situação time por time e deu sua opinião sobre a sequência dos clubes no segundo turno no Brasileirão. “O Paraná começou essa reação e, se ficasse com o treinador, poderia pensar numa Série A. Agora tem que pensar bastante para não correr o risco de cair. Acredito que fica no meio da tabela”, declarou.

O mesmo pensamento vale para o Atlético, que, como aspecto positivo, agora tem a força da torcida na Arena. “O time ainda precisa ajustar e firmar do meio-campo para trás. Pelo que estou vendo, fica na parte intermediária e acredito que nem o clube almeja algo maior que isso neste ano. Mas com a torcida ao lado ganha força”, apostou ele.

Já o Coritiba é o clube que mais preocupa Nivaldo. “Tem que tomar cuidado. Queira ou não, fica muito dependente do Alex e quando ele fica fora o time é muito comum. A meta é tentar sair desta zona de rebaixamento e cada dia será mais difícil, pois luta com times do eixo”, finalizou o ex-jogador.

Borba Filho

Quem também deu seus palpites foi Borba Filho, ex-técnico de futebol. Começando pelo Atlético, onde trabalhou durante muitos anos. Para ele, o erro crucial foi apostar em Miguel Ángel Portugal “É sempre um mistério saber o que o Atlético pretende. Teve a dificuldade na construção do estádio, mas o clube falhou trazendo o treinador espanhol. Não consegui entender, mesmo tendo experiência em Libertadores. O torcedor quer ver o time indo bem nos campeonatos e vejo que o clube está pulando algumas etapas ao lançar muitos atletas jovens. É só ver o sistema defensivo, que é um dos mais vazados”, afirmou.

Em relação ao Coxa, Borba diz que o planejamento foi errado desde o início. “A chegada do Celso Roth não foi correta e o Dado Cavalcanti nem deveria ser dispensado. Apostaram em um treinador caro, com suas exigências, e o elenco não correspondeu. Tem também o presidente, que foi para a seleção na Copa, e deixou para o Alex usar sua qualidade para tentar salvar de novo. Agora o Marquinhos é trabalhador e estudioso, mas o Coritiba ainda é muito grande para ele aguentar e suportar essa carga e pressão”, alertou.

Para finalizar, o ex-treinador vê a situação paranista com enorme preocupação.  Principalmente por conta dos problemas financeiros, que há anos vem assombrando o Tricolor. “O clube é um filme de terror, porque nunca sabe o que vai acontecer. Esse problema financeiro vem há tempos e, enquanto não houver uma reformulação total na parte administrativa, eu não vejo o Paraná com futuro. É uma situação difícil e não pode cair para uma Série C, porque não volta mais daí, mesmo com a torcida apoiando em ações muito boas”, destacou.

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