Na coletiva dada por Jair Cirino, somente dois dias depois do rebaixamento do Coritiba no ano do centenário, o presidente apareceu sozinho para tentar justificar a crise alviverde.
Ao seu redor, apenas seguranças, policiais militares, jornalistas e funcionários. Ainda assim, ele negou que tenha sido abandonado pelo G9. “Estão todos mobilizados a serviço de suas atribuições no clube”, dizia.
Dias depois, surgem rumores de um novo G9, supostamente repleto de ex-aliados ao solitário Cirino. Diante da situação, o opositor Celso Moreira provoca: “Ele está trocando a composição de sua chapa ou eles estão caindo fora?”.
Ao dar hipóteses sobre a situação do rival político, Moreira também dá nome aos bois. “Ele já tinha duas baixas no G9. O Eduardo Jaime (Martins, secretário), já andava meio afastado. Homero Halila (membro do conselho administrativo) também. O resto caiu fora agora”, ressalta.
Outro que segundo o opositor de Cirino também está dando adeus ao grupo da situação é José Antônio Fontoura, presidente do Conselho Deliberativo. “Pelo que tomamos conhecimento, volta apenas para presidir o dia da eleição e não estará na composição de chapa”, disse.
Segundo Celso Moreira, a falta do cumprimento das promessas políticas de Jair Cirino é a principal razão das deserções. “Não houve reforma estatutária, nem transparência. Faltou satisfação à torcida. Houve diversas denúncias sobre contratos terceirizados mal feitos. Mas o presidente jamais veio a público dar satisfação. Isso desgasta internamente”. Procurado para contestar as declarações de Celso Moreira, Jair Cirino prometeu, mas não deu retorno por meio de sua assessoria de imprensa.