Retrospecto

Novo diretor do Coritiba, Pastana coleciona acessos, mas também polêmicas

Rodrigo Pastana foi do céu ao inferno no Paraná Clube. Em 2017 montou o time do acesso, mas em 2018 contratou demais, mas acertou pouco. Foto: Marcelo Andrade

Anunciado na última segunda-feira (19) como primeiro ‘reforço’ do Coritiba para 2019, o diretor de futebol Rodrigo Pastana chega com a missão de de recolocar o time na elite do futebol brasileiro, mas com uma verba bem menor. Algo que ele já passou em outras oportunidades e mostrou que teve competência. Basta olhar seu currículo.

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Até hoje, o dirigente soma seis acessos na carreira, sendo dois da Série C para a Série B e quatro da B para a A. Tudo começou em 2006, quando levou o Grêmio Barueri para a Série B e em 2008 conseguiu mais um acesso, desta vez para o Brasileirão. Iniciando a carreira naquela época, Pastana pegou um time formado praticamente por empresários e rapidamente colocou o time na elite. Na época, contratou diversos atletas, a grande maioria desconhecida – os principais nomes foram o lateral-esquerdo Márcio Careca, o zagueiro Ávalos, o volante Amaral e o atacante Pedrão.

No clube do interior paulista, ficou até 2011, quando passou por diversos clubes até chegar ao Criciúma, em março de 2012. No Tigre, ficou durante um ano e alcançou mais um acesso, sendo vice-campeão da Série B em 2012, com nomes como o goleiro Andrey e o atacante Zé Carlos. Saiu em março de 2013 e seis meses depois foi para o Figueirense, montando o time que também subiu naquele ano e foi campeão catarinense em 2014.

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No Furacão catarinense, o dirigente, com grande responsabilidade de montar o elenco em 2014, acertou com jogadores importantes, casos do zagueiro Thiago Heleno e do meia Giovanni Augusto. Só que no segundo semestre foi embora e, mais uma vez após rodar alguns clubes, desta vez no Nordeste, emplacou um novo sucesso no Guarani, em 2016.

O desafio no Bugre era maior, uma vez que precisava chegar à Série B. Mesmo sem dinheiro, conseguiu uma campanha de reação e superação e chegou à decisão da Terceirona, ficando com o vice-campeonato. Daquele time, muitos se destacaram, entre eles o volante Auremir, o zagueiro Leandro Amaro, o atacante Eliandro e os meias Alex Santana e Renatinho. Os dois últimos, aliás, seguiram com Pastana no ano seguinte, em outro clube.

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Em dezembro de 2016, o dirigente foi anunciado pelo Paraná Clube e, na sequência trouxe os dois jogadores com ele, além de ter tentado outros nomes do Guarani. No Tricolor, a missão mais uma vez foi cumprida e a volta à primeira divisão foi alcançada com contratações certeiras, como o goleiro Richard, o lateral-direito Cristovam, os zagueiros Eduardo Brock e Iago Maidana, o volante Gabriel Dias e o meia João Pedro.

Fracassos

Porém, nem todos os trabalhos de Pastana foram positivos. O último, por sinal, é o mais fresco na memória. Mesmo com mais dinheiro e opções no mercado, o dirigente contratou mais de 30 nomes, mas, mesmo assim, o time paranista passou vergonha em 2018, fora das finais do Paranaense e rebaixado facilmente no Brasileirão.

Em 2015, se envolveu em polêmicas quando trabalhava no ABC. Na época, foi contratado com a missão de montar um elenco para brigar pelo acesso para a Série A, mas deixou o clube à beira do rebaixamento, que se concretizou no final da temporada, o que gerou um desconforto com os torcedores, que protestaram e exigiram a saída de Pestana. A confusão só acabou com a chegada da polícia. Além do péssimo desempenho, comentários e ataques contra críticas geraram a insatisfação por parte da torcida.

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