Mistério é a tática de René Simões para o clássico

Mal terminou a partida contra o Grêmio e o Coritiba já passou a respirar o clássico de domingo contra o Atlético. E a previsão no Alto da Glória é de um jogo “duro”, no qual sairá vencedor quem entrar em campo com 100% de disposição. Nem 1% a menos.

Essa é a opinião do técnico René Simões, que irá reencontrar o pupilo Waldemar Lemos na Arena. Mas, para que o Alviverde leve os três pontos e repita a vitória do Paranaense, precisa aprender a jogar fora de casa. Para isso, uma das armas usadas pelo Coxa será o mistério. A única certeza é que Demerson permanece, mas o esquema deverá voltar a ser o 3-5-2.

“Eu acho que vai ser um dos clássicos mais pegados que nós já tivemos. Um jogo muito duro. Preparem seus corações, vai ser um jogo extremamente bem jogado, com muita raça, muita determinação e quem for a 99% de vontade para esse jogo não ganha, tem que ser 100%”, aponta o treinador.

Por isso, ele não deverá abrir a escalação para o adversário. “Não vou dar essa dica para o Waldemar, porque ele trabalha muito em cima disso. Ele começou trabalhando comigo em 1984, é um treinador extraordinário, um cara que consegue ir dentro do jogador e fazer o jogador dar 100%”, justifica.

O problema de René é fazer o time repetir fora o que tem feito em casa. Após a participação na Copa do Brasil, o time conseguiu se impor contra Flamengo, São Paulo e Grêmio no Alto da Glória, mas fora só ganhou do Náutico.

“Fora, de vez em quando você é pressionado, mas não pode sair do jogo. Tomamos um gol (contra o Grêmio) e não saímos do jogo, como saímos contra o Barueri, e nesse ponto estou satisfeito, mas não mudou nada”, avisa. Isso quer dizer que é preciso manter o equilíbrio em outros estádios e uma prova para a equipe poderá ser o Atletiba na Baixada.

Na formação, Márcio Gabriel e Jailton estão de volta e deverão forçar a mudança do time para o 3-5-2. “A omelete depende dos ovos que você tem”, filosofa René. Hoje ele comanda o trabalho apronto no CT da Graciosa e espera pela recuperação do zagueiro Cleiton, que saiu do jogo contra o Tricolor com dores musculares.