Leandro Donizete é um dos preferidos da torcida alviverde

Ele não faz gols, sabe que seu futebol não é tão visto quanto o dos atacantes e dos meias mais habilidosos, mas vem conquistando a galera na base da garra. No domingo, contra o Náutico, a torcida reconheceu esse esforço e gritou a plenos pulmões “É Donizete!”, logo após o pênalti sofrido.

Mais do que merecido para quem chegou apenas como Leandro da pequena Ferroviária/SP, acrescentou o segundo nome para se diferenciar de um zagueiro e agora é mais conhecido como Donizete mesmo.

Em entrevista ao Paraná Online, ele diz que demorou a sair de Araraquara, que o Atlético quis que ele fizesse teste e agradece a oportunidade dada por Dorival Júnior no Coritiba.

Paraná Online – Você ficou cinco anos na Ferroviária. O futebol era esse mesmo e ninguém te viu antes?

Donizete –
Era o mesmo, foram muitos lá ver só que, na terceira divisão, os caras (dirigentes) pediam dois, três milhões, como alguém iria pagar? Aqui, a visibilidade é outra, tem muitos empresários, essas coisas e você sobe mais rápido. Mas o futebol, eu acho, não mudou em nada.

Paraná Online – Quem te segurava lá?

Donizete – O pessoal do clube. Eu gostava muito de lá, eles gostavam do meu jogo, estava muito bem lá e sempre pediam uma nota preta. Os caras (interessados) foram desanimando, eu também fui desanimando, louco para sair e não conseguia, mas acabou o contrato e eu vim para cá, graças a Deus.

Paraná Online – O Atlético tinha uma parceria com a Ferroviária. Ninguém foi lá te ver?

Donizete – Na época, queriam que eu viesse para cá, mas para fazer teste aqui. O presidente de lá falou “como é que vão tirar o meu melhor jogador para fazer teste no seu time? Então não sai daqui’. Aí veio um zagueiro para cá no meu lugar e não deu certo. O Edson Rocha ficou dois, três meses aqui e depois voltou para lá.

Paraná Online – Aí surgiu a oportunidade aqui via Dorival Júnior (ex-técnico)?

Donizete – Ele já me conhecia, já tinha visto jogar. Tinha acabado o meu contrato, eles querendo renovar, disse que não queria mais jogar lá. Ele me ligou e disse “onde eu for, quero trabalhar com você’ e, graças a Deus, vem dando certo.

Paraná Online – É o teu melhor momento aqui no Coritiba?

Donizete – Com certeza. No ano passado eu tive um momento bom só que tive várias lesões, mas este ano só tive uma lesão no início e agora vou crescer muito ainda.

Paraná Online – Com tantos volantes no elenco, aumenta a concorrência, não é?

Donizete – Não pode relaxar. Vieram dois volantes (Makelele e Moisés) para ajudar, na posição a gente recebe muitos cartões e sabe que, se precisar, eles vão estar lá para dar conta do recado.