Coritiba

Jéci entra com a tarja de capitão do time Coxa

“Sangue no olho”. É assim que Jeci, capitão do Coritiba, vai encarar o clássico de hoje contra o Paraná Clube. Por enquanto, o que ele diz tem dado certo. Na semana passada, o zagueiro afirmou que o Tricolor iria jogar contra dois líderes e o adversário de hoje realmente passou pelo então ponteiro Náutico e agora encara o novo maioral da competição, o Alviverde.

Assim, ele dá a receita para sair da Vila Capanema na posição 1 da tabela. “No jogo, quando o juiz apito é sangue no olho, a torcida empurra, o nosso preparador físico dar uns berros para a gente ficar ligado e é sangue no olho mesmo”, disse o defensor.

Para ele, não dá para ser diferente numa partida contra um adversário do porte do Paraná Clube mesmo com o ótimo momento vivido pelo Coxa na Série B. “Clássico não tem momento. Em teoria, a nossa equipe vem numa crescente muito boa, com vitórias consecutivas inclusive fora de casa, estamos na liderança do campeonato, mas quando se trata de clássico as coisas se igualam então o respeito existe e temos que entrar com tudo e errar pouco porque tudo se iguala dentro das quatro linhas”, projeta o defensor.

E ele será um dos responsáveis por tentar parar o ataque tricolor, que, na Vila, tem feito os adversários suarem muito mais do que o habitual. “No jogo contra o Náutico, o Paraná fez uma partida quase perfeita, mas agora é a nossa vez, já tivemos as informações do que vem do lado de lá, então é um clássico que temos que entrar para vencer porque temos que nos manter na liderança”, aponta Jeci.

Ele também garante que não vai retribuir a ajuda que o Tricolor deu ao Coritiba na semana passada. “Difícil na vida e no futebol não é conseguir as coisas, difícil é você se manter e vamos lá para poder manter a liderança”, destaca.

Alvo da garotada

Mas, antes de encarar os paranistas, ele tem que enfrentar as gracinhas internas. Neste Campeonato Brasileiro da Série B ele é um dos principais líderes de um elenco mesclado com garotos recém saídos da base ao lado de Pereira e Edson Bastos, tem o respeito de todos, mas não escapa dos “meninos”.

Na quarta-feira, por exemplo, quando Curitiba registrou a tarde mais fria dos últimos tempos o treino do Alviverde foi cancelado devido ao clima, mas segundo o volante Marcos Paulo a medida foi para preservar os “vovôs”.

“Começou a chover, estava frio e é até bom dar uma poupada, uma segurada porque tem o pessoal mais velho, o Pereira, o Jeci e é bom dar uma segurada neles, mas a gente tem que aquecer um pouco mais forte porque tem que estar bem para o jogo, concentrado”, brinca Marcos Paulo.

É isso mesmo, Jeci? “O pessoal fala no Brasil que “26 anos’ é velho e não sei o que acontece, esses meninos são abusados. Há pouco tempo que estão no profissional, já chegam e querem mandar. O treino foi cancelado porque estava muito frio, o campo não tinha condição nenhuma de fazer o treinamento”, respondeu o zagueiro, que na verdade tem trinta anos.