O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) vai entregar hoje para a Justiça o inquérito sobre o quebra-quebra ocorrido domingo, dia 6, no Estádio Couto Pereira, em Curitiba.
Foram encontradas fotografias de torcedores, uniformizados e armados, no computador de um dos detidos, o que reforça a hipótese de que eles fazem parte de uma quadrilha que costuma se reunir com objetivos criminosos.
“Esta é mais uma prova de que as torcidas organizadas no futebol são verdadeiras organizações criminosas”, disse o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.
De acordo com a polícia, o prazo de prisão preventiva dos dois primeiros detidos é de 30 dias, e dos 15 detidos no último sábado é de cinco dias. Segundo a delegada do Cope, responsável pela finalização do inquérito, Vanessa Alice, a polícia vai pedir a prorrogação das prisões dos detidos conforme a gravidade da violência empregada no dia do jogo.
As pessoas que comprovadamente faziam parte de uma organização criminosa e as acusadas de formação de quadrilha, tentativa de homicídio e porte de arma permanecerão presas.
Outros detidos que foram indiciados por crimes de menor potencial, como invasão e dano qualificado irão responder em liberdade. Até agora 17 suspeitos de envolvimento na confusão foram detidos. Mesmo com a finalização do inquérito, as investigações continuam para identificar outros envolvidos.
De acordo com as investigações do Cope, a ação criminosa foi resultado de um planejamento feito por integrantes da Império Alviverde e também por torcedores não-filiados, que tinham a intenção de protestar contra o mau desempenho do time no Campeonato Brasileiro. As investigações apontam que os suspeitos articularam promover o tumulto cerca de 10 dias antes do ocorrido.