Na visão do torcedor, o Coritiba da derrota para o Corinthians foi totalmente diferente dos últimos jogos da “era Ney Franco”. Afinal, o time rendeu bem e só perdeu porque a zaga falhou no gol de Lucca aos 43 minutos do segundo tempo – e, claro, ainda há os lances em que a arbitragem atrapalhou. Por isso a reação foi tão positiva à permanência de Pachequinho, já pedida por muita gente antes da partida de sábado e reiterada depois do Itaquerão. Mas um olhar mais detido sobre a forma de jogar mostra que o interino que agora é efetivo não mudou tanto o Coxa.
A forma do Cori jogar contra o Timão foi semelhante à adotada na vitória sobre o Flamengo em Brasília, a melhor atuação alviverde na temporada. Em campo, foram duas mudanças no time de Ney Franco: uma forçada, a saída do suspenso Walisson Maia para a entrada de Rafael Marques; e outra técnica, com Lúcio Flávio saindo e Juan entrando.
Mas a forma de jogar era semelhante. Quando o Coritiba se defendia, tinha a linha defensiva, João Paulo à frente e uma segunda linha (da esquerda para a direita, Juan, Kléber, Alan Santos e Negueba) também marcando forte. Assim o Corinthians não teve tanta liberdade para jogar. Ao recuperar a posse de bola, Negueba abria como ponta, Alan surgia como elemento surpresa e Juan era o principal articulador.
Por que não ganhou?
Deu certo em Brasília porque o Coxa encaixou uma pressão inicial e fez 1×0 com dois minutos de jogo. A opção em São Paulo era primeiro parar o Corinthians para depois jogar. O pênalti marcado em Edílson impediu que a estratégia fosse usada da forma planejada. Outro detalhe, nada desprezível: o Corinthians é bem melhor que o Flamengo.
E agora? Para as últimas quatro rodadas do Brasileirão, Pachequinho tem o respaldo dos jogadores, da torcida e da diretoria. Precisará motivar ainda mais o time para as decisões fora contra Goiás e Palmeiras. E fazer o Coxa ser forte em casa contra Santos e Vasco – este jogo a possível decisão da fuga do rebaixamento.
Apoio interno e externo
A exemplo do que aconteceu na demissão do técnico Ney Franco, o conselho deliberativo do Coritiba também foi favorável a permanência de Pachequinho no comando da equipe e inclusive sugeriu isso ao presidente do clube, Rogério Portugal Bacellar. “Parabéns, Pacheco! Você é alma verde, da nossa casa, valorizar o nosso é o que prego dia a dia. O de fora nem sempre é o melhor. Vi um grupo comprometido hoje (sábado), é preciso acreditar. O Coritiba precisa de todos nós. Vamos lutar até o fim”, disse o presidente do conselho deliberativo do Verdão, Pierpaolo Petruzziello, pelo Twitter.
Nas redes sociais, muitos torcedores compartilharam um evento que previa uma manifestação pedindo a permanência de Pachequinho no comando coxa-branca na reta final do Brasileiro. (Luiz Ferraz)
Ruy
O meia Ruy foi alvo de uma polêmica após mais uma derrota do Coritiba no Brasileirão. O jogador foi flagrado em uma casa noturna de Curitiba por torcedores. Por meio da sua página oficial, o jogador alviverde se manifestou, pediu desculpas pelo ocorrido, mas logo depois apagou a publicação. E em uma conversa com um torcedor via Facebook, Ruy admitiu que está com um mês de salário atrasado. (LF)
Pachequinho! Leia o que pensa o colunista Massa sobre a decisão do Coritiba!