Pressão

É melhor o Coritiba jogar fora de casa, diz Alan Santos

Alan Santos treina com Iago. Foto: Daniel Caron

Sem conseguir fazer bons jogos em casa e cada vez mais pressionado pelo torcedor coxa-branca, o Coritiba terá duas partidas seguidas longe do Couto Pereira contra Bahia e Coritnhians para tentar reagir no Campeonato Brasileiro e deixar a zona de rebaixamento. Mesmo sabendo das dificuldades de jogar fora de casa, o volante Alan Santos considera positivo jogar sem a pressão da torcida alviverde neste momento.

“É bom jogar fora de casa nesse momento, por ver que alguns atletas sofrem com o comportamento e a pressão da torcida. A gente acaba em casa tendo uma pressão muito maior. Muita gente não acreditava que a gente vinha com o placar de São Paulo, contra o São Paulo. Para que possa se reerguer, se superar, tem que estar embaixo. Nossa situação é embaixo, tem que superar. Contra o Bahia é um jogo de superação e dedicação”, apontou o camisa 5, que cobra também mais atitude do time coxa-branca para sair da situação ruim no Brasileirão.

“O Marcelo (Oliveira) tem desempenhado sua filosofia, mas os resultados não estão vindo. É chover no molhado, sempre falar que vai melhorar, fazer as coisas, mas a atitude vale mais do que mil palavras. Se ficar falando e não tendo o resultado que quer sábado, não adianta nada isso que estou falando. Tem que melhorar nossa atitude dentro de campo”, cravou o jogador.

Além das cobranças ainda durante a derrota sofrida para o Botafogo, no Couto Pereira, no último domingo, a torcida do Coritiba protestou contra a má fase do clube após o jogo, próxima ao vestiário alviverde. Para Alan Santos, essa cobrança mais forte não ajuda em nada o Verdão neste momento delicado no Campeonato Brasileiro.

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“Creio que benefício não traz. Eu não acompanhei o que houve após o jogo, mas não traz benefício nenhum. Alguns ali nunca passaram, outros já passaram por grandes clubes e sempre estavam brigando pelo campeonato, do quinto lugar para cima. O atleta muda seu comportamento, perde confiança. Violência não traz nada, apenas conseqüências ruins para o clube. É o atleta que pode mudar a situação do clube em campo. Mas faz parte do futebol, escolhemos isso. Já recebi ameaças na carreira, mas tenho paz no meu coração por sempre fazer meu melhor, mas o resultado não é como a gente quer. A gente faz buscando o melhor. Dentro de mim, saio de campo sem remorso porque fiz o melhor, independentemente do resultado”, concluiu Alan Santos.