O julgamento da confusão promovida por parte da torcida do Coritiba no último domingo contra o Fluminense, em que o Coxa caiu para Série B, está marcado para terça-feira no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, no Rio de Janeiro.
O especialista em direito esportivo, Domingos Moro, que já foi dirigente e torce para o Coritiba, se ofereceu para defender o clube, mas segundo ele sequer foi ouvido. “Pura e simplesmente não me quiseram. Não levaram em consideração o que sinto pelo clube”, disse Moro. A defesa do Verdão será feita pelo advogado José Mauro do Couto Filho, atual vice-presidente jurídico do Botafogo.
O Coritiba pode pegar uma punição pesada. Além dos prejuízos financeiros, que podem chegar a R$ 500 mil, o Verdão pode ter seu estádio interditado, perder até 30 mandos de campo e ainda ser multado. Sobre o risco de cair para Série C, Moro não acredita que isso irá ocorrer. “Atualmente este tipo de coisa não acontece mais no futebol. Vou ficar na torcida. A situação é muito difícil porque a expectativa é de uma punição pesada. É um caso complicado que pode servir de referência para o futuro”, salientou.
O advogado diz que ficou perplexo com os acontecimentos de domingo. “Nunca tinha visto isso e também essa reação de todas partes, seja de clubes, torcedores e imprensa. O problema é que foi criado uma expectativa no torcedor por ser o ano do Centenário, mas nada foi cumprido”, completou.
Para finalizar, Moro diz que teme pelo futuro do Verdão caso Jair Cirino seja reeleito nas eleições que estão marcadas para o dia 21. “Absolutamente sim. O Cirino já demonstrou que não tem condições de ser presidente do Coritiba”, concluiu.