Depois do trágico rebaixamento para a 2.ª divisão no ano do centenário, o silêncio impera entre os diretores do Coritiba. Nenhum representante do conselho administrativo, incluindo o presidente Jair Cirino, apareceu para dar explicações.
Com a intenção de amenizar a crise que tomou conta do Alviverde, foi marcada para o início da noite de ontem uma reunião entre a cúpula coxa-branca. A assessoria de imprensa do clube não revelou nomes dos presentes, local e horário do encontro que deve definir qual o posicionamento da diretoria do Coritiba sobre o atual drama do clube.
A pauta de debate inclui rebaixamento, metas para o ano seguinte, consequências da invasão de campo e brigas no Couto Pereira, além das eleições do clube que estão previstas para 14 de dezembro. Apenas depois do encontro a diretoria do Coritiba dará explicações ao público. Cogita-se inclusive apenas a emissão de uma nota oficial pelo site do clube.
Juntando os cacos
Ontem pela manhã, o Estádio Couto Pereira passou por perícia realizada pelo Instituto de Criminalística. No período da tarde, cerca de 10 funcionários do clube estavam trabalhando para retirar os objetos arremessados no gramado.
Estima-se que mais de mil cadeiras foram estragadas durante o tumulto. Catracas e lanchonetes também foram danificadas pela ação dos vândalos. A sala do presidente Jair Cirino, invadida durante os incidentes, foi arrumada durante o dia. Funcionários afirmam que nada foi roubado.
A assessoria de imprensa do clube afirma que um levantamento, que deve ser apresentado pelo menos daqui a três dias, está sendo realizado pela administração do Couto.
Diversas pessoas telefonaram ao clube em busca de informações, mas obtinham a seguinte resposta da telefonista: “Hoje não tem expediente. Por gentileza, retorne amanhã”.