Depois de quase dois meses, o atacante Kléber, enfim, está de volta ao Coritiba. O Gladiador, que havia sido suspenso por 11 partidas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por conta de uma cusparada em cima do volante Edson, do Bahia, poderia ter voltado na rodada passada, na derrota por 1×0 para o Vitória, no Couto Pereira, mas uma pancada no treinamento adiou este retorno. Agora, o jogador está à disposição para ajudar o Coxa a reencontrar o caminho das vitórias.
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Com ele em campo, o Alviverde chegou a sonhar com G6 e até liderança do Campeonato Brasileiro. Porém, foi só perder o seu principal atleta do elenco que o desempenho começou a cair. Sem Kléber, o Verdão conseguiu apenas duas vitorias (diante de São Paulo e Chapecoense). Além disso, mesmo fora de 11 rodadas, ele é o vice-artilheiro do time no Brasileirão, com quatro gols, ao lado de Rildo e somente atrás de Henrique Almeida, que tem cinco. Números que fazem voltar a tal ‘Kléberdependência’, mas que o próprio Gladiador nega ser tão essencial ao time.
“Estou feliz em poder voltar e ajudar o Coritiba de novo. Acho que a gente teve uma fase difícil, independentemente de eu estar ou não, acho que não tem nada a ver uma coisa com a outra. Apesar de os números não mostrarem isso, eu acho que foi apenas uma fase difícil, onde desaprendemos um pouco a jogar o que estávamos jogando”, destacou ele.
De qualquer maneira, a volta está confirmada e tem uma característica importante para o grupo. O próprio técnico Marcelo Oliveira ressaltou que o camisa 83 é fundamental dentro e fora do campo e que isso supera até mesmo o período sem jogar.
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“A volta do Kléber é muito importante. Ele é um jogador técnico, um definidor e tenho que ter cuidado apenas com o período de paralisação. Ele ficou muito tempo parado, é um jogo às 11h da manhã e temos que ter cuidado com a situação física. Mas na posição dele, é possível que ele jogue até o tempo todo”, afirmou o treinador.
Desabafo
Por situações do futebol, Kléber volta a defender o Coritiba justamente diante do rival Atlético, neste domingo (10), às 11h, na Arena da Baixada. Um retorno comemorado pela torcida, que verá o ídolo mais uma vez, e pelo Gladiador, que desabafou a respeito da punição e se viu usado pelo STJD, ao qual ele criticou fortemente.
“Me senti injustiçado, me pegaram para exemplo e foi ridículo o que fizeram. Eu estive lá no STJD e vi e ouvi coisas vergonhosas. Quem tiver a oportunidade de ir lá, dá até vergonha de estar lá. O seu advogado fala o tempo todo e os caras ficam no celular e nem prestam atenção no que ele fala, náo dá nem vontade de mandar advogado. Sempre foi assim. Se você está num time a punição é uma. Você vê um cara morrer no estádio, crianças no colo de um pai e o clube toma seis jogos e eu tomo 11. Isso é bem cara de Brasil”, disparou ele, que admitiu merecer uma suspensão, mas não da maneira que foi.
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Por outro lado, o atleta ressaltou que, pelo lado positivo, neste período teve a possibilidade de ajudar outras pessoas. A punição inicial eram de 15 jogos, mas os últimos quatro foram revertidos pelo STJD em ações sociais.
“Se tem uma coisa que o STJD acertou foi mandar eu fazer ações (sociais). Foi uma coisa muito bacana. Fazia tempo que eu não ia, tive a oportunidade e temos que fazer mais. Todos nós, pois é gratificante demais ver crianças e idosos necessitados e poder ajudar de alguma forma. Foi a única coisa que tiro de positivo desta punição”, completou.