Coxa tropeça em casa e perde a vantagem

A torcida fez a parte dela, vibrou o tempo inteiro e quando notou a inoperância da equipe vibrou mais forte ainda. As arquibancadas do Couto Pereira tremeram, o Coritiba viveu uma verdadeira decisão ontem, mas não conseguiu superar o “encardido” J. Malucelli e deixou a liderança para o Atlético.

Pior é que o empate sem gols contra o futuro Corinthians Paranaense mostrou que o Alviverde está ficando sem gás na fase decisiva da competição. Mesmo assim, ainda depende apenas de si para conquistar o bicampeonato e levantar o caneco no centenário.

Em tarde de homenagens a Evangelino da Costa Neves, morto há um ano, o público voltou a ser bom no Alto da Glória, mas isso não significava vitória fácil. Os jogadores sabiam disso e alertavam para as peças que o perigoso adversário costuma pregar no Coritiba.

Foi assim no ano passado, quando quase tirou o Alviverde da decisão. Desta vez, o empate e os dois pontos perdidos podem ter custado o título, já que obriga o Coxa a vencer os jogos que restam para ser campeão, inclusive o Atletiba em plena Baixada. Será que dá? Com o futebol de ontem talvez não seja possível.

Nas melhores chances que teve para abrir o marcador, a pontaria falhou. No primeiro tempo, Marcos Aurélio entrou pela esquerda livre e em velocidade, mas chutou para o lado errado. Destro, não conseguiu dar direção no pé esquerdo e acertou uma placa de publicidade.

Na etapa final, Marcelinho Paraíba tentou de fora da área, mas Colombo fez bela defesa. Mérito do arqueiro. No entanto, Márcio Gabriel teve a chance de se consagrar ao receber passe açucarado de Marcelinho Paraíba. Ele entrou livre e tentou encobrir o arqueiro adversário, mas, apesar de destro, não conseguiu o efeito necessário no pé direito.

Menos mal que Oliveira também se assustou com a boa oportunidade que teve e chutou fraco para defesa de Vanderlei. Aí, foi a vez de Ariel Nahuelpán arrancar, passar pela marcação e chutar torto.

Desse jeito, restou a reclamação sobre um lance duvidoso em cima de Marcos Aurélio na área, mas a galera não perdoou e vaiou a equipe além do tradicional grito de “burro, burro” para o treinador.

O clima estava tão tenso na social que alguns torcedores quase saíram no tapa,  não fosse a presença da turma do “deixa-disso” e dos seguranças do clube, que apaziguaram tudo.