Confusão armada

CBF se enrola e Coxa prefere tirar Wilson do jogo desta noite

O Coritiba informou que, “por razões de regulamento”, o goleiro Wilson não jogará hoje. A alegação alviverde é que o titular da meta foi inscrito nos jogos do Vitória, o ex-clube dele, nesta edição da Copa do Brasil. Mas o Regulamento Geral das Competições, divulgado anualmente pela CBF, permite a utilização do goleiro hoje contra a Ponte Preta. E ao mesmo tempo não permite. Não entende? Vamos tentar explicar.

Na nota divulgada ontem, o clube afirma que consultou a CBF, e que “a resposta aponta que existe a possibilidade que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva interprete o caso da maneira diferente a da entidade máxima, sem dar segurança em uma possível escalação do atleta”.

Wilson foi reserva de Fernando Miguel nas quatro partidas realizadas pelo time baiano até ser eliminado na Copa do Brasil – na primmeira fase contra o Anapolina e na segunda contra o ASA de Arapiraca. E, como afirma o RGC deste ano, em seu artigo 41, “O atleta cujo nome constar da súmula na qualidade de substituto e não participar da partida poderá transferir-se para outro clube na mesma competição, desde que, mesmo como substituto, não tenha sido apenado na competição”. O termo ‘apenado’ indica que se o atleta for excluído do banco de reservas, estaria impedido de ser transferido, o que não é o caso do goleiro coxa.

A diretoria alviverde, com excesso de cautela, se apoia no artigo 43 do mesmo RGC, que diz que “a possibilidade de transferência de um atleta de um clube para outro na mesma competição deverá constar necessariamente do respectivo regulamento específico da competição, e, em caso de omissão de tal norma, será vedado ao atleta participar por duas (2) equipes em uma mesma competição”.

Como fica evidente na leitura, um artigo anula o outro. E o regulamento da Copa do Brasil afirma que “todas as referências ao BID, registro e transferência de atletas, aqui expressas, devem considerar o que prevê o Capítulo IV do RGC” – que deixa a situação ainda mais confusa. O Coxa decidiu não correr o risco. Preferiu não apostar no desconhecido e escapulir de mais uma trapalhada da CBF.

Ponte

A Ponte Preta ainda lamenta a saída de Renato Cajá para o futebol árabe. Sem ele, o time agravou o longo jejum de vitórias. E hoje é preciso vencer, por um resultado simples (1×0) ou por dois ou mais gols de diferença, para garantir a vaga nas oitavas de final. Diferente do jogo de ida, o técnico Guto Ferreira vai com a força máxima, devendo apostar em três atacantes, incluindo o veterano Borges ao lado de Diego Oliveira e Biro Biro.

Volta ao passado! Leia mais do Coxa na coluna do Massa!