Mudanças

Após vitória contra o Grêmio, Coxa anuncia ‘baixas’

Após a vitória diante do Grêmio por 2×0 no Couto Pereira, pelo Campeonato Brasileiro, o vice-presidente Ricardo Guerra e o diretor executivo João Paulo Medina deixaram seus cargos no Coritiba. Os dois dirigentes renunciaram através de uma carta entregue ao presidente Rogério Bacellar.

“Infelizmente, apresentamos neste ato nossas renúncias às honrosas nomeações atribuídas pela ampla maioria da torcida do Coritiba, deixando vago os cargos de membro do Conselho Administrativo e respectivamente de CEO de futebol do Coritiba por entendermos que nossa visão a respeito do projeto que apresentamos não representa a realidade atual. Em que pesem nossos esforços, entendemos que nossa missão deve ser interrompida neste exato momento em respeito ao que acreditamos”, afirmaram.

O motivo explícito pelo desligamento não foi colocado, mas os dois já não falam a mesma língua do restante da diretoria há tempos. Divergências sobre negociações, contratações e a falta de espaço aos jogadores das categorias de base estão entre os motivos dessa saída.

Guerra, que chegou a participar da diretoria do ex-presidente Vilson Ribeiro de Andrade e saiu por razões parecidas, foi essencial na vitória da chapa “Coxa Maior”, eleita em dezembro do ano passado. Sua presença de última hora na oposição teve uma boa aceitação e escancarou o que viu na gestão passada, mostrando que era preciso de mudança. E isso aconteceu com uma vitória até tranquila nas urnas.

Já Medina chegou ao Alto da Glória logo após o pleito. A direção havia prometido um gerente estudioso e o dirigente, com passagem por clubes e na Universidade do Futebol, veio para cumprir essa promessa. Sem conseguir implantar seu projeto, preferiu sair do Coxa.

Alex lamenta saídas

Apoiador da atual diretoria nas eleições do Coritiba em 2014, o ídolo Alex lamentou as renúncias de Ricardo Guerra e João Paulo Medina. As presenças deles no grupo que comandaria o Coxa até o final de 2017 foram fator determinante para que Alex apoiasse a chapa de oposição ao então presidente, Vilson Ribeiro de Andrade.

“É uma pena porque o projeto que foi mostrado antes das eleições se mostrava uma coisa e realmente não está acontecendo. Estamos no mês de maio e ainda não aconteceu nada neste sentido”, disparou Alex, que demonstrou especial pesar com a renúncia de Medina, contratado para ser o homem-forte do futebol alviverde.

“Eu vejo a saída deles como uma pena porque eu acreditava muito no trabalho do Medina. Realmente fui pego de surpresa e uma surpresa triste, porque acredito no trabalho deles. O Medina era um pilar deste projeto. Foi ele quem desenhou o Internacional de hoje, esse Inter forte. Então, é realmente uma notícia que me deixa bastante chateado”, completou. (Julio Filho)