Coritiba encara um adversário direto

O Coritiba está às vésperas de uma partida complicadíssima fora de casa – amanhã, às 16h, contra o Criciúma, no Estádio Heriberto Hulse. Mas, mesmo já tendo seguido para o Sul de Santa Catarina, ainda ressoam nos jogadores e no técnico Paulo Bonamigo os problemas escancarados no empate contra o Vitória, o segundo seguido no Brasileiro. Mais uma vez percebeu-se que a força de vontade faz muito, mas sozinha não é capaz de levar o time às vitórias. Bem marcado, o Cori sofreu, e não conseguiu tirar a irregularidade da campanha dentro do Couto Pereira.

Bonamigo não estava contente com o que viu, mas lembrava sempre do esforço dos atletas, que conseguiram o empate quando ninguém mais esperava. “Podem reclamar de tudo, mas não podem dizer que esses atletas não se entregam. Eles não desistiram um instante, foram corajosos e foram premiados com o empate”, comenta o treinador alviverde.

Mas, ao mesmo tempo em que o técnico elogiava, os próprios jogadores reconheciam a má jornada. “Eu resumo assim: muita vontade e pouca qualidade”, diz o meia Tcheco, que teve a atuação mais apagada no Brasileiro. “Nós precisamos descobrir o que está errado para conseguir vencer os jogos dentro de casa”, afirma o centroavante Marcel. De fato, a campanha coxa no Couto Pereira não é boa, em comparação aos rivais diretos: são seis vitórias, dois empates e três derrotas. O Cori já perdeu treze pontos em seu próprio território.

E, mais uma vez, a equipe não conseguiu ser equilibrada ao tentar sufocar o adversário. Com Tcheco severamente marcado, o Coritiba perdeu a cadência e partiu para a correria. “O Tcheco é o jogador que faz a bola correr. E, sem isso, nós aceleramos demais o jogo. Quem conseguiu dar tranqüilidade à equipe foi o Marco Brito”, explica Bonamigo, que não gostou de ver seu time conduzindo a bola em excesso.

E tal ?estratégia? não é a ideal para jogar em Criciúma. Em um campo reduzido, o Cori terá que fazer justamente o contrário do que fez em casa: acertar a marcação, trocar passes e enervar o adversário. Quando tentou fazer isso na quarta, a equipe se perdia, e acabou ficando mais tensa com a pressão da torcida. “Se nós jogamos em uma equipe grande como o Coritiba, temos que achar natural a pressão. Ainda mais na posição em que estamos”, comenta o goleiro Fernando.

E, para jogar em Criciúma, o Cori tem que voltar a ser aquele que tem a quarto melhor aproveitamento do Brasileiro fora de seus domínios.

Odvan será a novidade do Coritiba contra o Criciúma

Cristian Toledo

Não há tempo para descanso. A delegação do Coritiba já chegou em Criciúma, e o time para o jogo de amanhã, às 16h, no Heriberto Hulse, está praticamente definido pelo técnico Paulo Bonamigo. São dois desfalques (Lima e Edinho Baiano) e uma grande surpresa: Odvan, que não ficou sequer no banco de reservas nas últimas rodadas, deve reaparecer na defesa. O pensamento de Bonamigo é diminuir ao máximo a força ofensiva do adversário.

Odvan entraria na vaga de Edinho, que está suspenso por ter levado o terceiro cartão amarelo. Em tese, dois outros zagueiros estariam na frente dele, em uma escala de ?titularidade?: Nivaldo e Juninho. Só que ambos têm problemas que podem ser fatais contra o Criciúma. Nivaldo demonstrou nervosismo na quarta, e Juninho, apesar de ser uma opção de saída de jogo e de bolas paradas, não é bom cabeceador, e Bonamigo está preocupado com o jogo aéreo dos catarinenses.

Aí entra Odvan. Por ser um jogador mais lento, pode ser acomodado sem muitas adaptações como líbero. E o zagueiro é um bom cabeceador, tornando-se inclusive uma arma ofensiva em escanteios e faltas laterais. “Vamos ver o que o Bonamigo está pensando”, diz Odvan.

Na vaga de Lima, que sofreu uma lesão no tendão do pé direito e foi vetado pelos médicos, o treinador coxa vai manter Souza, que teve boa atuação contra o Vitória, marcando o gol de empate do Cori. “Meu objetivo é ser titular. Vou criar uma dor de cabeça para o Bonamigo”, brinca o meio-campista.

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