Coritiba diferente contra o Fortaleza

Com tantas ausências, era até natural que o técnico Paulo Bonamigo tivesse dúvidas para escalar a equipe que joga amanhã, às 16h, contra o Fortaleza, no Couto Pereira. São cinco desfalques, que mudam parcialmente a defesa e totalmente o ataque. E é muito provável que a formação alviverde seja bastante ofensiva, já que os testes realizados quinta e ontem agradaram o treinador.

Oficialmente, o time não está definido. “É muito difícil eu levar uma dúvida para o dia do jogo. Mas eu quero pensar um pouco mais para decidir”, diz Bonamigo, que confessa ter gostado da escalação ?para frente?: Fernando; Ceará, Odvan, Reginaldo Nascimento e Adriano; Roberto Brum, Tcheco, Jackson e Souza; Lima e Marco Brito. “Eu gostei do que vi. O time manteve a postura e teve agressividade”, comenta.

Seria, portanto, uma equipe bem diferente da que vem jogando -primeiro, pelas ausências; segundo, pela mudança de sistema tático; e terceiro, pela opção clara de jogar na frente. “Nessa partida, precisamos de muita criação de jogadas, porque o Marco Brito é um jogador de definição, e é importante ele ter a jogada pronta”, explica Bonamigo. No pensamento do técnico, o centroavante não sairá muito da área, sendo o objetivo final das jogadas ou funcionando como um anteparo para quem vem de trás.

Para quem joga, não há muita mudança, até porque Bonamigo quer que o time mantenha a postura. “Não vi muitas alterações. Do jeito que a equipe foi montada, cada um faz a função de sempre. E quem está entrando mantém o ritmo de quem saiu”, afirma o meia Tcheco. Realmente: para a turma do meio e da frente, pouco há de alteração. E se há, é para somar mais jogadores, já que Lima e Souza se revezam na frente e Jackson e Tcheco se aproximam.

Mas na defesa as coisas são bem diferentes. “Sempre um lateral terá que fechar na marcação”, explica Bonamigo. Isso é para que Odvan e Reginaldo Nascimento não fiquem sobrecarregados – além disso, Tcheco e Roberto Brum vão ter que ajudar na marcação. “Nos treinos, não houve problemas, porque a equipe já está acostumada a jogar dessa forma. Nunca começamos assim, mas mudamos para o 4-4-2 em vários jogos”, diz o goleiro Fernando, principal interessado em uma formação defensiva sólida.

Jackson volta a ser atração

É provável que muitos torcedores decidiram ir ao Couto Pereira amanhã depois que ele foi confirmado na equipe. Totalmente recuperado de uma lesão no ombro direito, Jackson é uma das novidades do Coritiba contra o Fortaleza, e jogando mais perto de sua posição de origem. Com ele, o time teve seu melhor momento no Brasileiro, ficando sete partidas sem perder – e a expectativa da torcida é que o meio-campista, referência técnica alviverde, seja um sopro de qualidade para a equipe.

Foi uma ausência de apenas 23 dias (ele se lesionou na véspera da partida contra o São Paulo). Mas, nesse tempo aconteceram seis rodadas, e nelas o Coritiba teve três vitórias, dois empates e uma derrota. Ainda um retrospecto positivo – aproveitamento de 66,66% -, mas percebia-se a falta que Jackson faz a equipe. “Com ele em campo, eu fico mais tranqüilo, porque ele assume a responsabilidade”, comenta Tcheco, que volta a tê-lo como companheiro na meia.

Durante boa parte desses 23 dias, o meio-campista ficou com o braço imobilizado. “Não é fácil ficar assim”, resume. Tanto é verdade que nos primeiros treinos ele sequer conseguia mexer o braço.

É natural, dizem os médicos. “Ele está recuperado da lesão, e pode jogar”, garante William Yousef. E Jackson foi voltando a correr com naturalidade, embora ainda fique com o braço parado enquanto conversa com os repórteres. “Eu não posso reclamar de nada. Só de voltar a treinar e de conviver com meus companheiros já estou satisfeito. Levei trancos, caí e não senti nada”, comemora.

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