Coritiba adota novo estilo de contratações

Um relatório do departamento médico ilustra bem como foi 2006 para o Coritiba. Nada menos do que sete jogadores foram contratados, mesmo estando bichados, o que provocava a demora para entrarem em forma e jogar pelo Alviverde. A revelação foi feita pelo coordenador técnico João Carlos Vialle, que garante que a prática não irá se repetir nesta temporada. A intenção do dirigente é trabalhar com um elenco jovem, com idade entre 22 e 25 anos, e evitar a lotação no estaleiro verificada no ano passado no CT da Graciosa.

?O departamento médico me passou um relatório ontem (no domingo) mostrando que sete jogadores vieram lesionados?, disse Vialle. A informação chega a assustar, mas esclarece também porque Cristian, Alberto, Jéfferson, Caio e tantos outros, que já foram embora, ancoravam no estaleiro e demoravam a retornar aos gramados. ?Pode ver que não trouxemos mais nenhum jogador de empresário, que estava encostado. Todos que vieram estavam jogando e eram titulares?, destaca o dirigente do Coxa.

Outra mudança é no perfil. Saem os ?velhinhos? do ano passado como Índio, Alberto, Jéfferson, Kléber e Paulo Miranda, todos na faixa dos 30, e entra em cena a molecada entre 22 e 25 anos. ?Estamos montando uma equipe de gurizada. Quando enfrentarmos um time mais velho levaremos vantagem. Além do mais, são jogadores que buscam o sucesso profissional e que têm um futuro pela frente?, explica o dirigente. Com exceção de China, os novos contratados do Coritiba seguem a linha de jovens promessas garimpadas pelo consultor Will Rodrigues.

Até aqui foram dez nomes confirmados pela diretoria e, esta semana, mais dois devem pintar no Alto da Glória. Um atacante e um lateral-esquerdo devem fazer exames médicos e assinar contrato. O atacante Finazzi, que foi oferecido e que chegou a ser analisado por setores do Coritiba, foi descartado pelo coordenador de futebol. ?Muitos queriam ele, mas eu descartei desde o início. Ele é um jogador que faz 34 anos em março e custa entre R$ 50 mil e R$ 60 mil?, justifica. Sem ele, cresce a chance de Alex Afonso, que estava no Guarani e pertence ao Palmeiras, ser este reforço. Para a lateral, Edinho, ex-Paraná Clube, é a bola da vez.

Com a chegada desses dois jogadores, a diretoria praticamente encerra o ciclo de contratações neste início de temporada.

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