A Copa do Mundo vai ficar R$ 14 milhões mais cara para o Atlético. O clube terá de bancar o valor investido pela Prefeitura de Curitiba na desapropriação dos imóveis no entorno da Arena da Baixada. O custo, inicialmente, seria bancado pelo governo municipal, mas com a interferência do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que pediu reformulação e readequação do termo de contrato entre Atlético, prefeitura e governo do Paraná, a situação mudou. A partir de agora, o clube é responsabilidade por bancar os gastos com as 16 desapropriações.
No primeiro contrato, assinado em setembro de 2010, a parceria previa a doação de parte da sede administrativa do clube para que a prefeitura fizesse a instalação da Secretaria de Esportes. Além de abrir sua estrutura para escolinhas de futebol de bairros carentes e abrigar eventos municipais no estádio. “Será feita uma permuta de imóveis com o Atlético. O clube terá de repassar um imóvel de igual valor ao que ele recebeu”, explicou o presidente do TCE, Fernando Augusto Mello Guimarães, anunciando a altaração contratual.
Os imóveis que o Furacão terá de devolver devem obedecer as escolhas do governo, seja no tamanho ou no valor do imóvel que ele recebeu. “Evidentemente que será avaliado com o valor de mercado. Por exemplo, se a prefeitura quiser fazer uma creche no bairro Boa Vista ele vai avisar o Atlético e o Atlético vai comprar o terreno escolhido”, afirmou o presidente do TCE.
Multa
O governo do Estado deve ser multado pelo TCE pela desobediência à determinação que vetava o repasse de recursos à prefeitura, referentes a obras da Copa do Mundo. O presidente do TC foi informado no final da manhã de ontem que a secretaria de Planejamento, cujo titular da pasta é Cássio Taniguchi, havia repassado R$ 18,4 milhões ao governo municipal. “Iniciei o processo de verificação de quais irregularidades foram cometidas. O tribunal não quer criar mais impasses em relação à Copa, mas houve um desrespeito a uma decisão”, explicou Fernando Guimarães.