Frio na barriga

Copa do mundo vira tema central de livro de Levir Culpi

O lançamento do livro ‘Um Burro com Sorte?’, do técnico Levir Culpi, na noite de segunda-feira, reuniu jogadores, técnicos de futebol, ex-presidentes de Coritiba, Atlético e Paraná e muitas outras personalidades do esporte. Como não poderia deixar de ser, além do livro o assunto que tomou conta do local foi Copa do Mundo.

Entre os mais experientes em mundiais, o pentacampeão Ricardinho – que em 2006 viu do banco de reservas a seleção estrear justamente contra a Croácia, seleção que abre a Copa de 2014 com o Brasil na quinta que vem. “A estreia em uma Copa sempre é cercada por uma série de ingredientes, aquela tensão de você fazer o primeiro jogo, aquele nervosismo normal e aquele jogo nós tivemos isso, é normal. O lado emocional conta muito”, contou Ricardinho, recordando a vitória da seleção por 1×0, com gol de Kaká.

A Copa foi comentada por Paulo Autuori, que se demonstrou preocupado com a organização do evento. “Nossa torcida como sempre é para que corra tudo bem, mas não sei o que vai ser da organização, a situação dos estádios é preocupante”, disse o treinador campeão mundial interclubes com o São Paulo.

Já o motivo da reunião foi o livro de Levir. Em 170 páginas, o treinador do Atlético-MG conta momentos marcantes de sua trajetória no futebol de maneira descontraída, a começar pelo título. “Na verdade foi um fato real. Quando eu comandava o Criciúma, em um jogo nós tínhamos que vencer a partida e estávamos empatando, tinha um torcedor me chamando de burro durante todo o tempo.

Eu fiz uma substituição inesperada e o cara foi lá e fez o gol. Quando eu olhei para o cara ele me chamou de ‘um burro com sorte’, foi assim que surgiu a ideia do título”, contou Levir.

A parte mais polêmica está no capítulo “A parte podre do futebol”. Levir se refere a alguns dirigentes de clubes do futebol brasileiro, entre eles dirigentes do Atlético.

“Se alguém quiser responder, saibam que já estou preparando o ‘Burro com Sorte 2’. Vai ficar ruim a coisa, aí posso falar outras verdades”. comentou o autor do livro que teve o prefácio assinado pelo goleiro Rogério Ceni.