Copa 2018

Henry trouxe “bagagem de Copa” à Bélgica, explica treinador

SÃO PETERSBURGO, RÚSSIA (UOL/FOLHAPRESS) – Um dos principais personagens de França e Bélgica estará no banco de reservas durante o duelo válido pela semifinal da Copa do Mundo. Campeão do torneio pelos Bleus em 1998, Thierry Henry será o auxiliar do técnico Roberto Martínez na Arena São Petersburgo nesta terça-feira (10). O treinador da seleção belga afirmou que a chegada do ex-atacante deu uma mentalidade diferente aos seus jogadores e comissão técnica.

“Acho que Henry nos últimos dois anos trouxe algo que não tivemos. Eu e meu estafe trabalhamos por 15 anos juntos. Temos uma metodologia clara de como trabalhar, mas não tínhamos experiência internacional, não temos know how em ganhar uma Copa. Henry trouxe isso. Deu aos jogadores o entendimento do que vão enfrentar, porque a Bélgica não tem alguém que tenha ganhado a copa. Ele trouxe seu sentimento de jogador de elite, como assistente enxerga os detalhes, tenta ajudar todos jogadores. É a perfeita peça que faltava ao nosso estafe”, exaltou o treinador, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (9).

A vitória por 2 a 1 contra o Brasil não fez com que o treinador se acomodasse. Para Martínez, a França joga de maneira muito semelhante à seleção de Tite. “Quando está na semifinal, é o momento único na nossa carreira. Não é o momento de desligar, é o momento de melhorar em relação ao jogo do Brasil. França e Brasil são similares em individualidades, contra um time como a França temos que nos concentrar 90 minutos. São jogadores que se conhecem, se enfrentam sempre.”

O técnico ressaltou o jogo coletivo de seus jogadores e crê que encontrará um substituto ideal para Thomas Meunier, que está suspenso do jogo desta terça-feira (10) por ter levado dois cartões amarelos. “Vamos jogar como em todo torneio. Deixamos as individualidades decidirem, mas somos fortes nas duas áreas. É uma chave na nossa campanha a contribuição de todos os jogadores. Temos muitos jogadores que iniciaram jogos na Copa do Mundo. Meunier está suspenso, então temos que achar soluções.”

Para enfrentar o Brasil, o treinador mudou o esquema tático da equipe ao escalar Marouane Fellaini entre os titulares. Mesmo sem admitir se o escalará também contra a França, Martínez elogiou a versatilidade do volante do Manchester United.

“Fellaini é um jogador de equipe. Tem a melhor mentalidade possível para um time. É um vencedor, um guerreiro. Fellaini trata cada jogada como a última. Para um jogador de sua posição e altura, tem incrível coordenação, habilidade, é forte. As pessoas precisam perceber como essas qualidades são importantes em um campo de jogo. Há jogos que com quatro defensores fica mais fácil, em outros jogos com três. A inteligência de nossos jogadores e como eles são adaptáveis é muito bom.”

Por fim, o treinador também falou sobre Marc Wilmots. Ídolo da Bélgica, o ex-meia foi treinador de sua seleção entre 2012 e 2016, até a eliminação da equipe nas quartas de final da Eurocopa. Para o substituto, a vitória contra o Brasil foi uma espécie de vingança pela Copa do Mundo de 2002.

“Wilmots foi essencial com esse grupo de jogadores, foi técnico por muito tempo. Quando você assume, tenta usar o que o antecessor deixou. Essa vitória, acredito, pode ter sido uma vingança para ele, porque quando marcou contra o Brasil em 2002 o árbitro anulou, e agora a gente pode vencer”, finalizou.

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