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‘Conseguimos transformar a cultura das duplas no Brasil’, diz Bruno Soares

Bruno Soares já está na Bélgica para representar o Brasil na Copa Davis. O tenista chega embalado após conquistar o título nas duplas no US Open, ao lado de Jamie Murray. Confira a entrevista exclusiva.

O que a vitória no US Open representa para a sua carreira?

É mais um título muito especial. Felizmente conquistei meu quinto Grand Slam e todos têm um gostinho especial, pois ocorreram em momentos diferentes. Essa vitória vem como a segunda minha em dupla masculina na temporada e pouquíssimos tenistas na história conseguiram isso. Poder colocar meu nome ao lado dessas pessoas me deixa orgulhoso.

A quadra rápida é seu piso favorito. Vencer Roland Garros e Wimbledon é um desafio maior para você agora?

Sim. O grande sonho era ganhar um, depois dois, agora quem sabe eu possa ganhar um de cada. Já tive grandes resultados nos dois, já fui finalista de mista em Wimbledon. Não vejo esses títulos como possibilidade distante.

O que tem feito a sua parceria com o Jamie Murray dar tão certo em pouco tempo?

Uma das coisas mais importantes foi o fato de a gente ser bons amigos e nos conhecermos muito bem. Entender o jogo do outro ajuda demais. A vitória na Austrália foi muito imediata, mas no resto é a mentalidade parecida. Estamos sendo treinados por grandes pessoas, que sabem fazer a gente render o nosso melhor.

Dá para projetar ser a dupla número 1 do mundo este ano?

Não penso nisso. Estamos na briga, temos chances reais, mas meu foco é continuar jogando bem. Nunca coloquei meta em termos de ranking.

Quanto a queda dos irmãos Bryan tem colaborado para a ascensão de outras duplas?

Sem dúvida nenhuma, por mais que estejam jogando no mais alto nível, eles tiveram uma queda e houve uma evolução das outras duplas nos últimos anos. Nos últimos 12 Grand Slams, houve vitórias de muitas duplas diferentes.

Hoje você fica satisfeito com a visibilidade das duplas no Brasil? O quanto os seus títulos de Grand Slam têm ajudado nisso?

Ajuda demais. Estou super satisfeito com a visibilidade que a gente vem tendo. Sempre tem espaço para melhorar, mas de quatro ou cinco anos pra cá conseguimos transformar a cultura das duplas no Brasil.

Agora você formará dupla com o Marcelo Melo na Copa Davis. Qual é a expectativa?

A Bélgica é favorita, mas o Thomaz Bellucci fez um bom jogo contra o David Goffin nos Jogos do Rio, o Thiago Monteiro está em alto nível. Somos favoritos na dupla, mas isso se mostra em quadra.

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