Brigas

Conflitos graves atrasam final da Copa da Itália

A rixa histórica regional entre romanos e napolitanos deixou pelo menos três torcedores do Napoli feridos à bala, neste sábado, antes da final da Copa da Itália, entre Napoli e Fiorentina, em Roma. Os ultra da Roma, violentos torcedores organizados, são acusados pelos ataques, que atrasaram a realização da partida, que estavam prevista para começar às 16h de Brasília no Estádio Olímpico.

De acordo com a imprensa italiana, um dos três feridos é um policial, de 43 anos, que estava à paisana em meio à torcida do Napoli e levou um tiro na mão direita. O outro, de 30, foi baleado no peito e, de acordo com a Gazzetta Dello’Sport, está internado em estado gravíssimo. Um terceiro torcedor, de 32 anos, foi ferido por arma de fogo no braço e no pulso.

No começo da temporada italiana, especialmente, as divergências regionais contra o napolitanos se acentuaram. Roma, Torino, Inter de Milão e Milan foram punidos por conta de cânticos racistas de seus torcedores, sendo obrigados a jogar com partes de seus estádios fechadas. As ofensas aconteceram em jogos contra terceiros, não diante do Napoli.

Ainda segundo a imprensa italiana, a torcida da Fiorentina não participou dos conflitos que feriram os napolitanos neste sábado. Mas, no caminho para Roma, ônibus de torcedores dos dois times tiram entrado em confronto. Os ultra da Lazio também teriam se envolvido em confusão, por conta de uma rivalidade antiga com os torcedores florentinos.

O JOGO – Por volta das 16h (de Brasília), quando o jogo deveria começar, Hamsik, eslovaco ídolo da torcida do Napoli, subiu sozinho ao campo e, acompanhado de policiais, se dirigiu ao líder dos ultra do seu time para uma conversa particular. O torcedor, com uma camisa que pedia “liberdade aos ultras”, desceu ao gramado, mas logo fogos de artifício começaram a ser atirados contra policiais e profissionais de imprensa que estavam no gramado.