Confiança e nervosismo no balanço do Brasileirão

Metade do Brasileiro já se foi e chega o momento do balanço do 1.º turno. Ainda faltam dois jogos para fechar 50% do campeonato – Atlético x São Paulo e Internacional x Paraná, adiados da 17.ª rodada, acontecem só em 30 de setembro -, mas uma projeção baseada nos anos anteriores aponta que é hora de confiança para quem está na ponta e de nervos no lugar para quem habita a rabeira.

A tradição na era dos pontos corridos reza que o campeão do 1.º turno leva o Brasileirão. O São Paulo, que garantiu o título simbólico ao vencer o Paraná, na quinta-feira, tenta agora repetir as performances de Cruzeiro (2003), Santos (2004) e Corinthians (2005).

Nas demais colocações de ponta há alguma alternância. Entre os 13 times que terminaram o 1.º turno na zona da Libertadores desde 2003, nove carimbaram a vaga na competição continental -apenas Atlético-MG (2003), Ponte Preta (2004), Paraná e Santos (2005) falharam.

O tricolor da Vila, que assim como no ano passado é 3.º colocado, tenta manter-se no pelotão de elite.

Já na área de baixo as mudanças são bem maiores. Entre os dez times que caíram para a Série B nestes três anos, só dois estavam na zona do rebaixamento ao final do 1.º turno – Atlético-MG e Paysandu (2005).

A história dos pontos corridos mostra, aliás, vários exemplos de reações fulminantes ou quedas livres. O Goiás era lanterna na metade do campeonato de 2003 e subiu nada menos que 15 posições, terminando em nono. Já o Criciúma era o 13.º no fim do turno em 2004 e despencou para 21.º, perdendo a vaga na elite.

Entre os paranaenses, a esperança de melhor desempenho é da torcida rubro-negra. Nas três edições anteriores o Atlético foi melhor no 2.º que no 1.º turno – subiu seis posições em 2003 (18.º para 12.º), três em 2004 (5.º para 2.º) e nove em 2005 (15.º para 6.º). Já o Paraná caiu em duas edições (8.º para 10.º em 2003 e 3.º para 7.º em 2005) e subiu na outra (23.º para 15.º em 2004).

Quanto às médias, o Brasileirão 2006 vai mal tecnicamente e melhor nas arquibancadas. O índice de gols (2,70 gols por jogo) é bem inferior ao do ano passado (3,13) e o menor desde 1995. Já a média de público (13.798 pagantes por partida) é a maior do século, superando ligeiramente a do ano passado (13.765).

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