Começa o mundial feminino de basquete

São Paulo – O Brasil enfrenta um tradicional freguês na estréia do Campeonato Mundial Feminino de Basquete, hoje, no ginásio do Ibirapuera.

A seleção comandada pelo técnico Antônio Carlos Barbosa irá jogar contra a Argentina, um adversário sem grande expressão, a partir das 15h15.

?Nada como estrear contra a Argentina para tirar a responsabilidade da estréia. É um time que a gente já conhece bem?, disse a ala Janeth, veterana da equipe brasileira, com 37 anos. ?O basquete feminino na Argentina não é tão profissional quanto para as brasileiras, que atuam com destaque na Europa e WNBA?, admitiu o técnico Barbosa.

Ainda na primeira fase do campeonato, o Brasil irá enfrentar Coréia do Sul (amanhã) e Espanha (na quinta) – das quatro seleções, três passam para a segunda etapa. ?A equipe está tranqüila para a competição, porque fizemos um bom trabalho de preparação. Temos condições de fazer um excelente mundial e temos tempo dentro da competição para fazer ajustes no time. Para a gente, a competição deve começar efetivamente nas quartas?, avisou Barbosa.

Apesar da liderança de Janeth, o técnico explica que a força da seleção brasileira é o conjunto. ?Janeth tem um valor indiscutível na equipe. É uma jogadora experiente, tem vivência, carisma, know-how em olimpíadas e mundiais. Mas a equipe se caracteriza pelo conjunto?, garantiu.

Para Barbosa, que está no cargo há 10 anos, esta é a ?melhor seleção brasileira que comanda e, sem dúvida nenhuma, a melhor que o Brasil formou depois da geração de 1994 (campeã mundial, com Paula e Hortência)?. Por isso mesmo, ele confia na conquista de uma medalha.

?É uma seleção com várias opções de formação. Desde o último mundial (na China, em 2002), ganhamos atletas como a Érika, a Ega, a Micaela, a Iziane… Temos um grupo forte de pivôs – Alessandra, Kelly, Cíntia, Érika e Ega; na armação, a Adrianinha e Helen; as alas Iziane, Silvia, Micaela, Janeth, e agora a Karen. Enfim, um conjunto de bons valores individuais?, avaliou Barbosa. ?Estou confiante, não quer dizer que vamos ser campeões, mas vamos enfrentar rivais em situação de igualdade, com grandes chances de chegar a uma medalha?.

Titular da seleção brasileira desde 1994, a pivô Alessandra não esconde o friozinho na barriga que sente antes da estréia desta terça-feira, por ser um mundial e também por acontecer no Brasil. ?Estréia é estréia. Fico nervosa. Posso ter 10, 20 anos de seleção, mas a ansiedade é a mesma?, reconheceu a jogadora.

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