Cobranças de Baier ajudaram o Furacão no Brasileirão

O meio-campista Paulo Baier, admite, é o “chato” do elenco do Atlético. É ele o que mais cobra dos companheiros nos jogos e nos treinamentos. A ponto de esse trabalho do capitão ter se tornado ponto crucial na campanha do Rubro-Negro neste Campeonato Brasileiro.

Seja no ataque, meio-campo ou defesa, Baier não perdoa ninguém e cobra sem se preocupar com cara feia. “Sou o mais tranquilo fora de campo, mas dentro ninguém me aguenta. Por isso, até acham que sou muito chato. Mas vai da personalidade de cada um. O importante é depois todo mundo se abraça”, destaca o maestro do Furacão.

O capitão avalia que as cobranças já foram maiores, mas que hoje ele se sente mais sossegado por causa da divisão de tarefas com outros líderes que despontam no elenco, como o zagueiro Rhodolfo e o volante Claiton.

Antes da chegada de Paulo César Carpegiani, ainda no primeiro turno, um dos maiores problemas do Furacão era a falta de comunicação dentro de campo. Com o trabalho do treinador, o grupo passou a conversar mais e mantém a postura também sob o comando de Sérgio Soares.

“Hoje todo mundo está à vontade para cobrar. O grupo todo amadureceu em relação a isso. Antes estava muito em cima de mim e agora todo mundo está se ajudando, se cobrando”, disse o jogador.

A mudança de postura surtiu efeito principalmente no rendimento da equipe. O Atlético hoje tem 53 pontos e está a apenas um de repetir a melhor marca dos últimos seis anos.

Para Paulo Baier, isso ainda é pouco. Segundo ele, o time precisa querer mais. “Queremos mais. Queremos buscar outros limites. Estamos no clube que tem a melhor estrutura do País, que dá todas as condições ao atleta e, por isso, tem que buscar algo maior”, completa.