Chuva agita testes do Mundial de Turismo em Curitiba

As águas de março, as que fecham o verão, deverão ser as companheiras dos pilotos do Campeonato Mundial de Carros de Turismo (WTCC), que fazem hoje uma única sessão de testes para as provas de domingo, que abrem a temporada da categoria.

Como a maioria dos pilotos e equipes já conhece o Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais, hoje os carros ficarão apenas meia hora na pista. Tempo de comparar os acertos dos últimos anos – e de iniciar a preparação para a etapa.

A escassez de testes (que pode também ter a leitura da contenção de gastos generalizada no automobilismo) será compensada por dois treinos livres amanhã pela manhã – além das duas classificações, marcadas para as 16h e 16h25.

A preocupação é com a chuva, que ontem foi forte – e justamente no horário previsto para os testes de hoje e para as corridas de domingo (que acontecem às 14h20 e às 15h35).

Em anos anteriores, a falta de aderência do autódromo de Pinhais fez vítimas, com vários acidentes nos treinos e nas provas. Mas, em contrapartida, a chance de precipitação, como em toda prova automobilística, nivela os carros.

E como os pneus são iguais para todas as equipes, o “braço” pode fazer a diferença. E é nisso que se apoia o curitibano Augusto Farfus Júnior, único brasileiro na categoria, e maior vencedor da história do WTCC, com quinze triunfos.

Ao menos, a chuva não atrapalhou a tradicional sessão de autógrafos dos pilotos, que aconteceu na manhã de ontem, na Boca Maldita, no centro de Curitiba. Milhares de pessoas foram ao local para conhecer os pilotos e os carros (que estavam em exibição em plena Rua das Flores). Ontem também aconteceu o lançamento oficial da prova, em uma casa noturna da capital.

Resistência

Os vinte carros que vão para a pista são uma prova de força do WTCC, que começa a temporada 2010 com apenas um carro a menos que em 2009 – e isto contando com as desistências das equipes oficiais da Lada e da Seat (esta mantém apoio técnico a alguns pilotos, como o atual campeão Gabriele Tarquini).

“Os pilotos mais fortes permaneceram e continuamos com três fábricas, embora a Seat não esteja com equipes oficiais”, afirmou Marcello Lotti, o executivo-chefe da categoria.

A crise econômica internacional, que afetou sobremaneira o automobilismo, foi sentida na redução dos testes coletivos do início da temporada, e do crescimento das equipes independentes – fato semelhante ao ocorrido na Fórmula 1.

Igual à F-1 também ficou a pontuação do WTCC, em decisão anunciada no início desta semana. A partir da etapa de Curitiba, cada prova distribuirá pontos para os dez primeiros colocados: 25 para o primeiro, 18 para o segundo, 15 para o terceiro, 12 para o quarto, 10 para o quinto, 8 para o sexto, 6 para o sétimo, 4 para o oitavo, 2 para o nono e 1 para o décimo.

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