China encerra Paraolimpíada com festa e marca histórica

A China promoveu uma grande festa nesta quarta-feira (17), no Ninho de Pássaro, para encerrar a maior edição da história dos Jogos Paraolímpicos. Mais de 4.200 atletas de 148 países competiram ao longo de 11 dias em 20 modalidades.

Dono da festa, o país anfitrião mostrou ao mundo sua impressionante evolução no esporte. Além de ter superado os Estados Unidos na Olimpíada, os chineses não deram qualquer chance aos rivais na Paraolimpíada e terminaram com a impressionante marca de 211 medalhas.

O desempenho dos chineses, apesar de avassalador, não é o recorde na história dos Jogos Paraolímpicos. Os Estados Unidos já conquistaram mais medalhas nas edições de 1984 (396 pódios) e em 1988 (273).

Para se ter uma idéia da superioridade chinesa, a soma das medalhas do segundo e terceiro colocados, Grã Bretanha (102 pódios) e Estados Unidos (99 pódios), respectivamente, não é suficiente para igualar os o país-sede no quadro.

Na organização da Olimpíada e da Paraolimpíada, a China não investiu somente na construção de grandes obras como o Cubo D’Água e o Ninho de Pássaro. Os chineses montaram um verdadeiro centro de formação de campeões para brilhar em casa.

A evolução chinesa na Paraolimpíada pôde ser acompanhada ao longo das últimas edições. Em 1996, nos Jogos de Atlanta (EUA), a China ocupou o nono lugar do quadro de medalhas com 39 pódios no total. Quatro anos depois, em Sydney (AUS), eles já eram sextos, com 73.

Em Sydney, aliás, começou a derrocada dos Estados Unidos. Acostumados com a soberania na Paraolimpíada, os norte-americanos perderam a liderança para a Austrália depois de 20 anos no topo.

Em 2004, em Atenas, quando todos esperavam uma recuperação norte-americana, a China deu mostras do que apresentaria em 2008 quando liderou o quadro de medalhas pela primeira vez na história, com 141 pódios. O rendimento dos chineses em casa foi melhor do que se esperava. O país obteve um crescimento de 49,5% em relação a Atenas.