China ainda não se pronunciou sobre passagem da tocha pelo Tibete

As autoridades chinesas continuaram nesta terça-feira (17) a manter silêncio sobre a passagem da tocha olímpica pela região do Tibete, que nos últimos meses foi cenário de manifestações anti-China que culminaram em repressão violenta.

A tocha passou nesta terça por Urumqi, a capital da região autônoma de Xinjiang, onde ficará até a próxima sexta-feira (20). Com isso, a tocha pode chegar ao Tibete no sábado, dia 21 de junho.

Medidas de segurança rígidas foram impostas a Kashgar, cidade que fica perto da fronteira com o Paquistão e onde existem grupos militantes da minoria muçulmana uigur.

Nicholas Becquelin, um ativista da Human Rights Watch baseado em Hong kong, afirma em um e-mail que "nos últimos três meses, uma proibição total foi imposta a atividades religiosas e aglomerações de pessoas fora das mesquitas controladas pelo Estado, como grandes celebrações de casamentos (que geralmente envolvem dança, música e orações) e peregrinações nos locais sagrados para os muçulmanos".

Testemunhas revelam que foram instalados postos de bloqueio em todas as entradas da cidade, e que não residentes foram proibidos de visitá-la nos dias da passagem da tocha.

No entanto, as autoridades estão mais preocupadas com o Tibete, devido ao grande número de protestos anti-chineses dos últimos meses. Nesta terça-feira, na Índia, foram presos 50 exilados tibetanos que participavam de uma "marcha do retorno", que tinha por objetivo chegar à fronteira com a China no dia 8 de agosto, em ocasião da cerimônia de abertura das Olimpíadas.

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