CBV quer mostrar mais o vôlei feminino

Acompanhar jogos da seleção masculina de vôlei nunca foi problema para os brasileiros: todo ano, há pelo menos seis oportunidades diferentes, em três cidades distintas, para ver o time de Bernardinho “in loco” graças a Liga Mundial.

Com a equipe feminina, porém, a situação era oposta até pouco tempo atrás: ver as meninas atuando só era possível pela TV ou através de caras viagens para a Europa ou para a Ásia.

Desde a conquista do ouro na Olimpíada de Pequim, porém, a Confederação Brasileira da modalidade (CBV) tem se esforçado em aproximar o time dos fãs. Mais amistosos estão sendo programados para o país, que também conseguiu, desde o ano passado, sediar uma etapa do Grand Prix.

“Os campeonatos femininos eram todos na Ásia, excepcionalmente um ou outro jogo ia para a Europa. Chegamos a ficar sete anos sem jogar aqui. O povo não estava vendo o time.. é muito complicado acompanhar partidas de madrugada”, lembra o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça. “Chegou um ponto que o Grand Prix não estava mais valendo a pena, pois o que a TV me paga para transmitir a competição lá é o mesmo que pagaria em um quadrangular no Brasil”, disse.

A entidade, entretanto, diz ter esperado o momento ideal para pleitear seus direitos: a conquista da medalha de ouro olímpica. “Para se impor, você precisa ser alguém. Hoje, estamos em uma boa situação na FIVB”, argumenta o dirigente. “Então, no fim de 2008 cheguei e falei: quero uma perna disto no Brasil”, acrescentou.

O resultado foi a realização de três jogos do Grand Prix 2009 no Rio de Janeiro e outros três em São Carlos este ano. E o Brasil já venceu dois. Ganhou na estreia de Taiwan por 3 sets e 0 e ontem venceu o Japão, também por 3 a 0.