CBF cancela amistoso no Kuwait

Rio – A seleção brasileira viajou para o Oriente Médio com o propósito de disputar os dois últimos amistosos do ano. O de sábado, com os Emirados Árabes, está confirmado para as 15h30, horário de Brasília. Já o de terça-feira, contra o Kuwait Football Association, programado havia mais de mês, foi cancelado ontem à noite e certamente desagradou o técnico Carlos Alberto Parreira. Ele queria ver em ação pelo menos a grande maioria dos 21 atletas que levou para o mundo árabe.

A decisão da CBF foi tomada depois que o departamento jurídico da Fifa comunicou à Federação do Kuwait que a partida prevista para o dia 15 com a seleção brasileira não poderia ser considerada como um jogo internacional. No mesmo documento, de acordo com nota publicada no site da CBF, a Fifa informa sobre a desobrigação dos clubes em liberar seus atletas para a seleção.

A Inter de Milão estava exigindo a liberação do atacante Adriano logo após o confronto do Brasil com os Emirados Árabes, o que estava causando problemas para a comissão técnica da seleção.

A Juventus também queria Emerson mais cedo. Para evitar mais polêmicas, a CBF decidiu então cancelar o amistoso, prometendo realizá-lo em outra data, em 2006.

Em nenhum momento, a CBF associou a medida a um eventual temor por causa do recrudescimento de ações terroristas no Oriente Médio anteontem, explosões em vários hotéis na Jordânia provocaram dezenas de mortes.

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, disse à tarde que não houve nenhum pedido de reforço da segurança para a seleção durante a permanência da comitiva na região. Ele afirmou que as providências tomadas pela entidade são de praxe, toda vez que a equipe se apresenta no exterior.

O dirigente afirmou que o futebol brasileiro é admirado no mundo todo e que atletas e comissão técnica estavam tranqüilos. Suas declarações foram dadas ao ser indagado sobre a repercussão no grupo dos atentados ocorridos na Jordânia.

Antes de chegar em Abu Dhabi, local da partida com os Emirados Árabes, a comissão técnica da seleção brasileira teve de lidar com um problema que acabou tendo relação com o cancelamento do segundo amistoso. O atacante Adriano, da Inter de Milão, se apresentou à equipe com uma ordem do clube: voltar para a Itália 24 horas após o jogo do Brasil com os Emirados Árabes.

?Nem eu sei se voltarei domingo a Milão?, foi esse o comentário de Adriano, ainda no Aeroporto de alpensa, na Itália. De acordo com a agência de notícias Ansa, o craque aparentava tristeza.

Ontem pela manhã, um dirigente da Inter, Marco Branca, foi designado pelo clube para acompanhar Adriano enquanto estiver com a seleção.

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