Paraná Clube

Cavalo tenta reanimar time após vexame

Poucas vezes o Paraná Clube foi tão duramente castigado. Jogando no Durival Britto, então, o Tricolor somente uma vez havia sofrido um revés como o de sábado, quando caiu diante do Figueirense (4×0). Em 1993, em jogo válido pela Série A, o azul, vermelho e branco levou uma goleada do rival Atlético pelo mesmo placar. O deslize sepultou o sonho de retorno à elite do futebol brasileiro, a doze rodadas do fim de mais uma temporada para ser esquecida. Pior do que isso: mostrou que hoje o Paraná segue como um dos candidatos à degola.

Na prática, restam apenas 36 pontos em disputa para somar os 14 que faltam para atingir o “número mágico” de 46. O Paraná não poderá deixar o seu atual rendimento (41%) cair. Qualquer oscilação, a partir de agora, será fatal. Mas como se esperar regularidade de um time que chegou à 26ª rodada sem uma formação-base definida? E a forma como o Tricolor sucumbiu diante do Figueirense deixou seu torcedor mais do que revoltado, apreensivo. Tensão que pode aumentar no caso de um tropeço, amanhã, em Taguatinga.

A forma humilhante como o time caiu no sábado acendeu não só o sinal de alerta na Vila Capanema. “Temos que buscar uma recuperação emocional desse grupo”, admitiu Roberto Cavalo. A pergunta que hoje deve estar martelando a cabeça dos tricolores é se esse elenco terá um nível de mobilização que a competição exige. Se a última imagem é a que fica, o torcedor tem todos os motivos para começar – ou continuar – suas orações.  Ao levar o segundo gol (aos 11 minutos do 2º tempo), o Paraná simplesmente abandonou toda a mobilização que norteara a semana de preparação para o jogo. O técnico Roberto Cavalo não soube explicar porque o time “largou”, mas admitiu que o vexame só não foi maior porque o Figueirense preferiu administrar a vantagem. A falta de comprometimento se evidenciou nas expulsões de Luiz Henrique e Gabriel. Além dos dois, Cavalo não poderá contar com Wellington Silva amanhã, frente ao Brasiliense.

E, no setor ofensivo, residem as maiores preocupações de Cavalo. O Paraná perdeu vários gols no primeiro tempo – quando jogou futebol – e há poucas alternativas para o ataque. As únicas opções são Adriano, que ainda não fez um gol sequer, Bebeto e Wando, afastados por deficiência técnica. “Nosso aproveitamento nas finalizações é muito ruim. Se não corrigirmos isso, fica difícil vencer”, reconheceu um abatido Roberto Cavalo.

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