Catanduva bate Ourinhos e fatura o Nacional Feminino

Em uma partida dramática, nesta quinta-feira, em que o time esteve sempre em desvantagem, o Açúcar Cometa/Unimed/Catanduva (SP) conseguiu a reação diante de sua torcida, fechou a decisão do Nacional com a vitória por 60 a 59 e ainda impediu o hexacampeonato do Colchões Castor/FIO/Unimed/Ourinhos (SP). O título inédito de Catanduva foi conquistado de forma surpreendente, com três triunfos seguidos na fase decisiva.

A exemplo do que tinha acontecido nos dois primeiros jogos, Ourinhos pulou na frente. Se nos jogos 1 e 2, Catanduva emplacou logo uma reação, nesta quinta a resistência foi maior. A vantagem de Ourinhos chegou a nove pontos na metade do segundo quarto, mas, empurradas pela torcida, as comandadas de Edson Ferreto foram diminuindo a diferença pouco a pouco e conseguiram ir para o intervalo perdendo apenas por quatro pontos: 36 a 32.

Com mais equilíbrio no segundo tempo, os últimos 10 minutos começaram tensos, com muitos erros em ambos os lados. O equilíbrio se manteve até o fim. Com 32 segundos no relógio e o placar em 59 a 56 para Ourinhos, veio a polêmica. Catanduva perdia por três pontos quando Fabão sofreu uma falta ao tentar um arremesso de três.

A comissão técnica de Ourinhos foi à loucura, alegando que a jogadora de Catanduva tinha pisado na linha e, por isso, deveria arremessar apenas dois lances livres. O debate de nada adiantou, até porque Fabão errou um dos lances e, com dois acertos, só conseguiu cortar a vantagem para um ponto.

A 13 segundos do fim, mais polêmica. Jeniffer conseguiu jogar a bola em cima de Gattei antes de sair pela linha de fundo e a posse deveria ficar com Ourinhos. A arbitragem, no entanto, deu a bola para Catanduva. Foi tempo suficiente para Gilmara pegar um rebote ofensivo e fazer a cesta a menos de dois segundos do fim.

Urubatan Paccini, técnico de Ourinhos, ainda pediu tempo, mas o arremesso de Micaela não deu nem aro. Estava aberta a festa em Catanduva, com direito até a passistas de escola de samba dentro da quadra.

“Foi a vitória do coração. Erramos muito no primeiro tempo e permitimos que Ourinhos abrisse uma boa vantagem. Na etapa final, conseguimos equilibrar a partida e levamos a decisão para os instantes finais. Felizmente o último arremesso acabou sendo meu e converti. Agradeço à torcida que nos apoiou o tempo todo. Agora vamos comemorar porque nós merecemos”, comemorou a pivô Gilmara, eleita a melhor jogadora do campeonato.

“Este ano tivemos algumas dificuldades. Algumas jogadoras chegaram tarde, mas conseguimos compor a equipe e recuperar o primeiro lugar na tabela. Fizemos uma boa semifinal contra Santo André. Na final contra Catanduva, nós não fizemos a lição de casa. Perdemos as partidas em Ourinhos e pagamos um preço alto”, explicou Urubatan Paccini.

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