Caso do apito pode ter mais novidades

São Paulo (AE) – As denúncias da Máfia do Apito podem ter um novo capítulo esta semana. Os ex-árbitros Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon, que confessaram ter participado de manipulação de resultados em jogos de futebol, vão prestar depoimento esta semana na Comissão de Turismo e Desporto (CTD), em Brasília.

O deputado Sílvio Torres (PSDB-SP) entrou com um requerimento, no início do mês, pedindo que fossem ouvidos envolvidos e os que investigam o caso. Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), e José de Assis Aragão, presidente da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF) também garantiram presença.

Nabi Abi Chedid, vice presidente da CBF, e Reinaldo Rocha Carneiro Bastos, vice da FPF, também poderão ser convidados a comparecer diante da comissão. O empresário Nagib Fayad, apontado como mentor da "máfia?, só deverá ser ouvido no início de novembro por falta de datas. Os depoimentos tiveram início na semana passada com os promotores Roberto Porto e José Reinaldo Carneiro, que cuidam do caso.

Em São Paulo

O Tribunal de Justiça Desportiva da FPF recebeu oficialmente, na sexta-feira, o relatório final dos auditores que investigaram os 22 jogos arbitrados por Edilson Pereira de Carvalho (12 jogos) e Paulo José Danelon (10) no campeonato paulista deste ano. O presidente do TJD, Naief Saad Neto, pretende dar uma solução para o caso ainda esta semana. "Vamos resolver rapidamente este problema." Ele quer que a decisão sáia antes da reunião do Conselho Arbitral do campeonato paulista de 2006, prevista para a primeira quinzena de dezembro.

Alguns dos jogos podem ser remarcados. O rebaixamento deverá ser mantido e, caso algum clube seja prejudicado por possíveis manipulações de resultados e cáia para a Série A2, a FPF deverá indenizá-lo, a exemplo do que foi feito recentemente no futebol alemão.

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