Carros do Rally de Curitiba na Boca Maldita

“Mas que coisa incrível, hein?”, dizia aos mais próximos o administrador da Regional da Matriz da Prefeitura de Curitiba, Omar Akel. Experiente, ele não tinha visto uma confusão daquele tipo em plena rua XV de Novembro.

No meio da tarde, trinta carros faziam a festa dos populares que viviam – em tese – mais um dia comum de trabalho. Além deles, aficcionados, mecânicos, pilotos e jornalistas tumultuaram a Boca Maldita durante a largada promocional do Rally Internacional de Curitiba, evento a partir deste ano integrante do Intercontinental Rally Challenge (IRC), um dos mais importantes campeonatos do automobilismo mundial.

Havia desde as duplas brasileiras, que estavam inscritas antes mesmo da entrada da prova no calendário internacional (era o nosso Rali da Graciosa), até pilotos mais “rodados”, como o francês Nicolas Vouilloz, atual campeão do IRC.

Pouco antes da festa, os participantes se reuniram em um teatro. O briefing teve um aviso insólito – como as equipes estão todas sediadas no Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais, e a prova termina oficialmente lá, os pilotos poderão ser surpreendidos com um trem no meio do trajeto. Por isso, haverá um controlador de tempo em frente ao cruzamento da linha férrea, para que os atrasos sejam descontados na cronometragem final.

Enquanto isso, a Boca Maldita ia enchendo. Parecia um comício. Mas houve poucos discursos, e muito barulho dos motores. Cada dupla foi apresentada ao público, e depois dava uma volta na quadra.  A largada para valer é às 8h de hoje – serão sete especiais na região de Campo Magro.

WTCC: forte calor preocupa pilotos e equipes

Na sua quarta passagem por Curitiba, o Campeonato Mundial de Turismo da FIA (WTCC) não precisa contar com o fator surpresa para atrair o público. Pelo contrário: quem foi ontem à Boca Maldita, para participar da tradicional sessão de autógrafos com todos os pilotos, sabia o que queria.

Viram os carros de Chevrolet, BMW, Lada e Seat, e viram os pilotos – e, claro, com mais atenção ao curitibano Augusto Farfus, único brasileiro na categoria. Com isso, a surpresa passou a ser o forte calor dos últimos dias.

O termômetro superou os 30ºC durante a sessão de autógrafos de ontem. “Esse tempo não ajuda em nada, nem no acerto do carro, nem no consumo, e nem no desgaste dos pneus”, resume Farfus.

As equipes prevêem que a temperatura da pista nos testes de hoje e nos treinos de classificação de amanhã pode superar os 55ºC. “Por mais que tenhamos feito simulações, são simulações. Na prática é bem diferente”, completou o piloto brasileiro.

Os pilotos temem também a sempre instável condição climática de Curitiba. O Simepar prevê dias com muitas nuvens, mas sem chuva. Já o Weather Channel prevê sol forte para sábado e chuva para domingo. E o Climatempo anuncia chuva no sábado e sol com nuvens no domingo. E agora?

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