Capital paranaense respira automobilismo

Curitiba será, nesta semana, uma das cidades mais importantes do automobilismo mundial. Acontecem no mesmo período dois eventos da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o Campeonato Mundial de Turismo (WTCC) e o Intercontinental Rally Challenge (IRC) – o primeiro com duas corridas no domingo, o segundo começando amanhã, mas ambos com eventos promocionais hoje, no centro da cidade. É a afirmação da capital do Estado como segundo pólo do esporte no País.

Como em quase todas as atividades esportivas, São Paulo e Rio de Janeiro sempre dividiram a primazia sobre qual seria a “capital do automobilismo”. Enquanto o Rio de Janeiro recebeu o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 (entre 1978 e 1989), a capital fluminense atraía mais atenções.

Mas, desde 1990, não há dúvida quanto à importância da capital paulista, sede da F1, da maioria das provas dos principais campeonatos do País, das principais organizadoras, equipes e oficinas, e também dos pilotos mais conhecidos – como exemplo, Felipe Massa, Rubens Barrichello e Bruno Senna são de São Paulo.

Com o abandono do autódromo de Jacarepaguá, que chegou a virar espaço para a construção de ginásios nos Jogos Pan-Americanos, o Rio de Janeiro ficou em segundo plano.

E Curitiba, com organização, apoio da prefeitura municipal, dos empresários e cobertura da mídia, consolidou-se como pólo do automobilismo. O Autódromo Internacional (AIC), em Pinhais, recebe duas etapas da Stock Car, duas do GT3, uma da Fórmula Truck -provas que também acontecem em Londrina.

Equipes estão sediadas na capital, jornais, rádios e TVs fazem cobertura constante, e um dos pilotos brasileiros com maior sucesso no exterior nasceu em Curitiba.

É Augusto Farfus Júnior, certamente a grande estrela da semana na cidade. Ele é o “relações públicas” de Curitiba no automobilismo internacional – e foram seus familiares, ao lado de outros empresários, que lutaram pela vinda do WTCC a Curitiba.

Contaram, é verdade, com a ajuda do prefeito Beto Richa, que é um entusiasta do esporte (chega a correr em algumas provas que acontecem no AIC). Hoje, já consolidada no calendário, a etapa de abertura do Mundial de Carros de Turismo serve como chamariz para outras competições.

É o caso do IRC. A última etapa oficial acontecida no Brasil foi em 1982, válida pelo World Rally Championship (WRC), a outra competição de rali autorizada pela FIA.

A organização do agora Rally Internacional de Curitiba -o novo nome do Rali da Graciosa – está fazendo um trabalho conjunto com o WTCC de aproximação com o publico local, apesar de ambas não terem nenhuma conexão, no País ou no exterior.

Serão dois dias, com treze especiais, divididas em sete trechos diferentes. A largada oficial é amanhã, às 8h, mas há um evento promocional marcado para as 15h, na Boca Maldita, o calçadão da rua XV de Novembro.

Logo depois, por sinal, do encerramento da tradicional sessão de autógrafos dos pilotos do Mundial de Turismo, que começa às 12h30 e vai até às 14h15. Estão confirmadas as presenças, além de Farfus, do atual campeão do WTCC, Yvan Muller, do tricampeão Andy Priaulx e de Alessandro Zanardi, ex-Fórmula 1 e Fórmula Indy.

Na pista, as atividades começam às 15h de amanhã, com os testes coletivos. A classificação acontece às 16h de sábado, e as provas estão marcadas para 13h e 16h de domingo.